Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco : desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56307 |
Resumo: | O objetivo principal desta tese é compreender as reconfigurações das relações do trabalho na fruticultura irrigada do Vale do São Francisco no contexto de desregulamentação do trabalho instituído na legislação trabalhista brasileira desde 2017 e em perspectiva, como tais dinâmicas de trabalho atendem aos processos globais de produção e comercialização de alimentos (CAVALCANTI, 1997; 1999; 2004). A pesquisa foi realizada no período de 2018 a 2023, com uma abordagem fundamentalmente qualitativa, utilizando, de maneira secundária, dados quantitativos produzidos a partir de estatísticas oficiais. Utilizamos técnicas de pesquisa de trabalho de campo, como a observação participante, a análise documental e entrevistas semiestruturadas com trabalhadores, produtores e sindicalistas. Utilizamos os dados disponibilizados pelo Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (CAGED), bem como da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Continua (PNAD Continua), do Censo Agropecuário, além das estatísticas de exportação disponibilizadas pela Secretaria de Comércio de Exterior (SECEX). Dessa forma, o Vale do São Francisco, através da produção de manga e uva para exportação, constitui-se como o principal mercado de trabalho, do ponto de vista da geração de empregos no setor da fruticultura brasileira. Entretanto, esses empregos são marcados pela sazonalidade e flexibilidade de contratos, valendo-se, sobretudo, das desigualdades de gênero como forma de barateamento dos custos produtivos. Ainda que essas condições de trabalho estejam presentes desde a instalação do complexo de fruticultura do Vale do São Francisco nota-se, no período recente, que as mudanças na legislação trabalhista e o contexto pandêmico de Covid-19 concorreram para o agravamento das condições precárias do trabalho, demandando maior atenção dos trabalhadores e sindicatos em suas pautas e agendas de luta, sublinhadas nas Convenções Coletivas de Trabalho e nas práticas cotidianas de resistência. As mudanças políticas vivenciadas no Brasil no período estudado, a expansão da pobreza, da informalidade do trabalho e a fragilização das organizações sindicais são fatores que afetaram diretamente o poder de barganha dos trabalhadores no processo de negociação com os produtores. O contexto geral de precarização das relações de trabalho no Brasil repercute na organização do trabalho na fruticultura. |
id |
UFPE_d17d498fd4e91d4eca5d2ff046736d60 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/56307 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
SILVA, Guilherme José Motahttp://lattes.cnpq.br/2740216326531042http://lattes.cnpq.br/2858210983086479CAVALCANTI, Josefa Salete Barbosa2024-05-16T16:54:27Z2024-05-16T16:54:27Z2024-02-27SILVA, Guilherme José Mota. Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco: desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017. 2024. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56307O objetivo principal desta tese é compreender as reconfigurações das relações do trabalho na fruticultura irrigada do Vale do São Francisco no contexto de desregulamentação do trabalho instituído na legislação trabalhista brasileira desde 2017 e em perspectiva, como tais dinâmicas de trabalho atendem aos processos globais de produção e comercialização de alimentos (CAVALCANTI, 1997; 1999; 2004). A pesquisa foi realizada no período de 2018 a 2023, com uma abordagem fundamentalmente qualitativa, utilizando, de maneira secundária, dados quantitativos produzidos a partir de estatísticas oficiais. Utilizamos técnicas de pesquisa de trabalho de campo, como a observação participante, a análise documental e entrevistas semiestruturadas com trabalhadores, produtores e sindicalistas. Utilizamos os dados disponibilizados pelo Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (CAGED), bem como da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Continua (PNAD Continua), do Censo Agropecuário, além das estatísticas de exportação disponibilizadas pela Secretaria de Comércio de Exterior (SECEX). Dessa forma, o Vale do São Francisco, através da produção de manga e uva para exportação, constitui-se como o principal mercado de trabalho, do ponto de vista da geração de empregos no setor da fruticultura brasileira. Entretanto, esses empregos são marcados pela sazonalidade e flexibilidade de contratos, valendo-se, sobretudo, das desigualdades de gênero como forma de barateamento dos custos produtivos. Ainda que essas condições de trabalho estejam presentes desde a instalação do complexo de fruticultura do Vale do São Francisco nota-se, no período recente, que as mudanças na legislação trabalhista e o contexto pandêmico de Covid-19 concorreram para o agravamento das condições precárias do trabalho, demandando maior atenção dos trabalhadores e sindicatos em suas pautas e agendas de luta, sublinhadas nas Convenções Coletivas de Trabalho e nas práticas cotidianas de resistência. As mudanças políticas vivenciadas no Brasil no período estudado, a expansão da pobreza, da informalidade do trabalho e a fragilização das organizações sindicais são fatores que afetaram diretamente o poder de barganha dos trabalhadores no processo de negociação com os produtores. O contexto geral de precarização das relações de trabalho no Brasil repercute na organização do trabalho na fruticultura.FACEPEThe main objective of this thesis is to comprehend the reconfigurations occurring in labor relations within the irrigated fruitculture sector of the São Francisco Valley. This investigation is situated within the context of labor deregulation instituted by the Brazilian labor legislation since 2017. Additionally, it aims to scrutinize the extent to which these evolving work dynamics correspond to and intersect with the broader global processes of food production and commercialization (CAVALCANTI, 1997; 1999; 2004). The research was carried out over the period from 2018 to 2023, with a fundamentally qualitative approach, using, in a secondary way, quantitative data produced from official statistics. We used fieldwork research techniques such as participant observation, document analysis and semi-structured interviews with workers, producers and union members. We used data provided by the National Register of Employed and Unemployed (CAGED), as well as the Annual Social Information Report (RAIS), the Continuous National Household Sample Survey (PNAD Continua), the Agricultural Census, and export statistics provided by the Foreign Trade Secretariat (SECEX). As a result, the São Francisco Valley, through the production of mangoes and grapes for export, is the main labor market in terms of job creation in the Brazilian fruit-growing sector. However, these jobs are marked by seasonality and flexible contracts, making use, above all, of gender inequalities as a way of lowering production costs. Although these working conditions have been present since the establishment of the fruit-growing complex in the São Francisco Valley, in the recent period, changes in labor legislation and the Covid-19 pandemic context have contributed to the worsening of precarious working conditions, demanding greater attention from workers and unions in their agendas and struggles, underlined in Collective Bargaining Agreements and in everyday practices of resistance. The political changes experienced in Brazil during the period under study, the expansion of poverty, the informality of work and the weakening of trade union organizations are all factors that directly affected the bargaining power of workers in the process of negotiating with producers. The general context of precarious labor relations in Brazil has repercussions on the organization of work in fruit growing.Esta tesis tiene como objetivo principal entender cómo han cambiado las relaciones laborales en la producción de frutas del Valle del São Francisco, en un contexto donde se han relajado las regulaciones laborales establecidas por la legislación brasileña desde 2017. También busca analizar cómo estas formas de trabajo se ajustan a los procesos globales de producción y venta de alimentos (CAVALCANTI, 1997; 1999; 2004). La investigación se llevó a cabo entre 2018 y 2023, empleando principalmente métodos cualitativos y, en menor medida, datos cuantitativos obtenidos de estadísticas oficiales. Utilizamos técnicas de investigación de campo como la observación participante, análisis de documentos y entrevistas semiestructuradas con trabajadores, productores y representantes sindicales. Recopilamos información del Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (CAGED), la Relación Anual de Informaciones Sociales (RAIS), la Encuesta Nacional por Muestra de Domicilios Continua (PNAD Continua), el Censo Agropecuario y datos de exportación proporcionados por la Secretaría de Comercio Exterior (SECEX). El Valle del São Francisco, con su producción de mango y uva para exportación, se posiciona como el principal mercado laboral en la fruticultura brasileña en términos de generación de empleo. Sin embargo, estos trabajos se caracterizan por su estacionalidad y contratos flexibles, aprovechando las desigualdades de género para abaratar costos. A pesar de que estas condiciones laborales han estado presentes desde el inicio del complejo de fruticultura del Valle del São Francisco, se observa que recientemente los cambios en la legislación laboral y la pandemia de Covid-19 han empeorado las condiciones laborales, demandando una mayor atención por parte de trabajadores y sindicatos, resaltando sus preocupaciones en las Convenciones Colectivas de Trabajo y en la resistencia diaria. Los cambios políticos en Brasil durante este período, el aumento de la pobreza, la informalidad laboral y el debilitamiento de los sindicatos han afectado directamente la capacidad de negociación de los trabajadores con los productores. Esta precarización general del empleo en Brasil tiene un impacto significativo en la organización del trabajo en la fruticultura.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em SociologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSociologiaSão Francisco, Rio, ValeGlobalização dos alimentosTrabalho ruralSindicatos - OrganizaçãoReforma trabalhista (2017)Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco : desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56307/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52TEXTTESE Guilherme José Mota Silva.pdf.txtTESE Guilherme José Mota Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain551463https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56307/4/TESE%20Guilherme%20Jos%c3%a9%20Mota%20Silva.pdf.txt63cc6dc5509de6de844904a4c167bf6aMD54THUMBNAILTESE Guilherme José Mota Silva.pdf.jpgTESE Guilherme José Mota Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1229https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56307/5/TESE%20Guilherme%20Jos%c3%a9%20Mota%20Silva.pdf.jpg284cc4ace16089d30729efc10c30d319MD55ORIGINALTESE Guilherme José Mota Silva.pdfTESE Guilherme José Mota Silva.pdfapplication/pdf3647956https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56307/1/TESE%20Guilherme%20Jos%c3%a9%20Mota%20Silva.pdfe6b1a9ec77ac8ac23580e74d15e9f7d8MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56307/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53123456789/563072024-05-17 02:27:32.526oai:repositorio.ufpe.br:123456789/56307VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212024-05-17T05:27:32Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco : desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017 |
title |
Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco : desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017 |
spellingShingle |
Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco : desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017 SILVA, Guilherme José Mota Sociologia São Francisco, Rio, Vale Globalização dos alimentos Trabalho rural Sindicatos - Organização Reforma trabalhista (2017) |
title_short |
Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco : desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017 |
title_full |
Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco : desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017 |
title_fullStr |
Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco : desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017 |
title_full_unstemmed |
Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco : desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017 |
title_sort |
Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco : desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017 |
author |
SILVA, Guilherme José Mota |
author_facet |
SILVA, Guilherme José Mota |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2740216326531042 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2858210983086479 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SILVA, Guilherme José Mota |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
CAVALCANTI, Josefa Salete Barbosa |
contributor_str_mv |
CAVALCANTI, Josefa Salete Barbosa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Sociologia São Francisco, Rio, Vale Globalização dos alimentos Trabalho rural Sindicatos - Organização Reforma trabalhista (2017) |
topic |
Sociologia São Francisco, Rio, Vale Globalização dos alimentos Trabalho rural Sindicatos - Organização Reforma trabalhista (2017) |
description |
O objetivo principal desta tese é compreender as reconfigurações das relações do trabalho na fruticultura irrigada do Vale do São Francisco no contexto de desregulamentação do trabalho instituído na legislação trabalhista brasileira desde 2017 e em perspectiva, como tais dinâmicas de trabalho atendem aos processos globais de produção e comercialização de alimentos (CAVALCANTI, 1997; 1999; 2004). A pesquisa foi realizada no período de 2018 a 2023, com uma abordagem fundamentalmente qualitativa, utilizando, de maneira secundária, dados quantitativos produzidos a partir de estatísticas oficiais. Utilizamos técnicas de pesquisa de trabalho de campo, como a observação participante, a análise documental e entrevistas semiestruturadas com trabalhadores, produtores e sindicalistas. Utilizamos os dados disponibilizados pelo Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (CAGED), bem como da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Continua (PNAD Continua), do Censo Agropecuário, além das estatísticas de exportação disponibilizadas pela Secretaria de Comércio de Exterior (SECEX). Dessa forma, o Vale do São Francisco, através da produção de manga e uva para exportação, constitui-se como o principal mercado de trabalho, do ponto de vista da geração de empregos no setor da fruticultura brasileira. Entretanto, esses empregos são marcados pela sazonalidade e flexibilidade de contratos, valendo-se, sobretudo, das desigualdades de gênero como forma de barateamento dos custos produtivos. Ainda que essas condições de trabalho estejam presentes desde a instalação do complexo de fruticultura do Vale do São Francisco nota-se, no período recente, que as mudanças na legislação trabalhista e o contexto pandêmico de Covid-19 concorreram para o agravamento das condições precárias do trabalho, demandando maior atenção dos trabalhadores e sindicatos em suas pautas e agendas de luta, sublinhadas nas Convenções Coletivas de Trabalho e nas práticas cotidianas de resistência. As mudanças políticas vivenciadas no Brasil no período estudado, a expansão da pobreza, da informalidade do trabalho e a fragilização das organizações sindicais são fatores que afetaram diretamente o poder de barganha dos trabalhadores no processo de negociação com os produtores. O contexto geral de precarização das relações de trabalho no Brasil repercute na organização do trabalho na fruticultura. |
publishDate |
2024 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2024-05-16T16:54:27Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2024-05-16T16:54:27Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2024-02-27 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SILVA, Guilherme José Mota. Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco: desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017. 2024. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56307 |
identifier_str_mv |
SILVA, Guilherme José Mota. Assalariamento rural e ação sindical no Vale do São Francisco: desafios e resistências no pós-reforma trabalhista de 2017. 2024. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56307 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56307/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56307/4/TESE%20Guilherme%20Jos%c3%a9%20Mota%20Silva.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56307/5/TESE%20Guilherme%20Jos%c3%a9%20Mota%20Silva.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56307/1/TESE%20Guilherme%20Jos%c3%a9%20Mota%20Silva.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/56307/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 63cc6dc5509de6de844904a4c167bf6a 284cc4ace16089d30729efc10c30d319 e6b1a9ec77ac8ac23580e74d15e9f7d8 5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310791220690944 |