Nem rosa, nem azul : relações de gênero na família, na escola e no sindicato

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farias, Maria de Lourdes Mazza de
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/63916
Resumo: Orientadora: Dr.ª Naura Syria Carapeto Ferreira
id UFPR_de98e72a1946fde09763c5db713fd85b
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/63916
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Farias, Maria de Lourdes Mazza deUniversidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em EducaçãoSilva, Naura Syria Ferreira Corrêa da, 1937-2022-09-06T18:40:26Z2022-09-06T18:40:26Z1998https://hdl.handle.net/1884/63916Orientadora: Dr.ª Naura Syria Carapeto FerreiraDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Curso de Mestrado em EducaçãoInclui referências: p. 99-103Resumo: O presente trabalho pretende refletir sobre as relações de gênero na família, no trabalho docente e no sindicato. Apesar da ênfase no universo feminino, tratamos o gênero em sua dimensão relacional, sendo uma categoria relacional, sua construção vincula-se à construção histórica da humanidade, que se faz nas relações sociais entre mulheres e homens, homens e homens, mulheres e mulheres que são iguais e diferentes entre si. Essa forma de pensar o gênero desconstrói a lógica de oposição binária, para trabalhar as relações entre ambos. As reflexões aqui propostas aparecem profundamente ligadas ao pensamento feminista, que questiona o conceito de "homem universal", bem como de "mulher universal" para situa-los como pessoas sexuadas, inseridas num tempo histórico e num espaço cultural determinado. As análises presentes nesse trabalho tornam evidente a necessidade de se ter um novo olhar sobre as relações de gênero levando em consideração outras categorias, pois não somos vistas ou vistos apenas pelo nosso gênero, somos também classificadas (os) de acordo com a nossa classe, a nossa raça, a nossa idade. As relações de classe como as relações de gênero são relações estruturantes da sociedade. Essas relações se superpõem, há uma reciprocidade entre ambas, são transversais, invadem e organizam a totalidade das práticas sociais. No entanto as educadoras e educadores não tem dado a devida importância a essa dimensão e tratam o gênero como um dado a mais, e não como um dos elementos junto com classe, raça e idade, fundamental para entender as situações analisadas. Entender os processos de relações (de poder) desiguais entre os gêneros poderá contribuir para que as professoras e professores se deem conta do quanto há de reprodução na sua prática, em sala de aula, o quanto têm sido instrumento para a perpetuação das desigualdades. No campo sindical a dinâmica interna ao próprio movimento, segundo a fala de grande parte das entrevistadas e entrevistados, ajuda a reproduzir as relações sexistas. Tanto as regras de mercado como da militância sindical mantêm ainda um padrão masculino de inserção. Esse padrão universal, essa suposta universalidade é um mecanismo que ajuda a manter as desigualdades. O imaginário social que discrimina e subordina as mulheres é, afinal, compartilhado por empregados e empregadores. Por outro lado, cresce entre nós o sentimento de que é preciso mudar as relações sindicais, superar a prática do "murro na mesa", aprofundar a democracia e aproximar o sindicato da vida cotidiana, articulando a produção, o mundo doméstico e o exercício da cidadania.Abstract: The present paper pretends to reflect about the gender relations of family in the teacher work and syndicate. In spite of the female universe expressiveness, we manage the gender on its relation dimension being a relation category, its construction is bond to the construction of the humanity history, what makes the social relationship between women and men, men and men, women and women, who are equals and different between themselves. This form of thinking gender unbinds the binary logic of opposition, to work the relation between both. The reflection here made are deeply connected to the feminist thinking, wich discuss the conceit "universal man", as well as the "universal woman", to put them as asexual person, inserted in a historic time and in the determined cultural space. The analysis presents in this paper find necessary the necessity of having a new look over the gender relations taking in consideration their categories, therefore we are not seen only our gender, but also classified concordant with our class, our race, our age. The class relations with the gender relations are structural relations of our society. These relations superpose, there is a reciprocity between both, they are transverse, invade and organize the totality of social practice. However the "teacher" haven't give such importance to this dimension and treat gender as one more data, and not as one of the elements together to class, race and age, with are fundamental, to understand the analyzed situation. To understand the relation process (of power) not equal between gender could contribute to know how much there is on production in its practice, in the classroom, what has been the instrument for the inequality's perpetuation. In the syndical camp the inside dynamic to its proper movement, as most of the interviewer say, helps to reproduce the sex relations. As the market rules as the syndical militancy steel keep a male standard of insertion. This universal pattern, this supposed universality is a mechanism with helps to keep the inequalities. The social imaginary who absolve and submit the woman and after are shared by employers and employers. To the other side, to increase between us the feeling about the necessity to change the syndical relations, surpass the practice of relations "punch on the table", to deepen the democracy and to bring near the syndicate to the everyday life, articulating the production, the domestic world and the exercise of citizenship.103 f.application/pdfDisponível em formato digitalMulheres - FamiliaMulheres - TrabalhoRedação acadêmicaEducaçãoNem rosa, nem azul : relações de gênero na família, na escola e no sindicatoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALD - MARIA DE LOURDES MAZZA DE FARIAS.pdfapplication/pdf104768341https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/63916/1/D%20-%20MARIA%20DE%20LOURDES%20MAZZA%20DE%20FARIAS.pdf84b9abbad65ecbadd7c55c302af699e8MD51open access1884/639162022-09-06 15:40:26.221open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/63916Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-09-06T18:40:26Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Nem rosa, nem azul : relações de gênero na família, na escola e no sindicato
title Nem rosa, nem azul : relações de gênero na família, na escola e no sindicato
spellingShingle Nem rosa, nem azul : relações de gênero na família, na escola e no sindicato
Farias, Maria de Lourdes Mazza de
Mulheres - Familia
Mulheres - Trabalho
Redação acadêmica
Educação
title_short Nem rosa, nem azul : relações de gênero na família, na escola e no sindicato
title_full Nem rosa, nem azul : relações de gênero na família, na escola e no sindicato
title_fullStr Nem rosa, nem azul : relações de gênero na família, na escola e no sindicato
title_full_unstemmed Nem rosa, nem azul : relações de gênero na família, na escola e no sindicato
title_sort Nem rosa, nem azul : relações de gênero na família, na escola e no sindicato
author Farias, Maria de Lourdes Mazza de
author_facet Farias, Maria de Lourdes Mazza de
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Universidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação
dc.contributor.author.fl_str_mv Farias, Maria de Lourdes Mazza de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Silva, Naura Syria Ferreira Corrêa da, 1937-
contributor_str_mv Silva, Naura Syria Ferreira Corrêa da, 1937-
dc.subject.por.fl_str_mv Mulheres - Familia
Mulheres - Trabalho
Redação acadêmica
Educação
topic Mulheres - Familia
Mulheres - Trabalho
Redação acadêmica
Educação
description Orientadora: Dr.ª Naura Syria Carapeto Ferreira
publishDate 1998
dc.date.issued.fl_str_mv 1998
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-09-06T18:40:26Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-09-06T18:40:26Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/1884/63916
url https://hdl.handle.net/1884/63916
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.pt_BR.fl_str_mv Disponível em formato digital
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 103 f.
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/63916/1/D%20-%20MARIA%20DE%20LOURDES%20MAZZA%20DE%20FARIAS.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 84b9abbad65ecbadd7c55c302af699e8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801860605260333056