A enunciação no contexto de ensino de língua estrangeira e a subjetividade na produção escrita em língua materna e em língua estrangeira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Maísa Lopes dos
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/79043
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar como um aluno que vivencia o processo de ensino-aprendizagem de língua espanhola fundamenta sua subjetividade ao escrever na língua materna e na língua estrangeira. Temos como base a visão enunciativa proposta por Émile Benveniste (2005; 2006) para estudar as marcas deixadas pelo locutor-aluno ao escrever seus discursos para constituir a relação com o seu alocutário. Nesse sentido, aborda-se a subjetividade como constituída e constitutiva da (inter)subjetividade, ambas instanciadas no discurso, resultado da apropriação da língua pelo locutor, que busca se marcar como eu para se relacionar com um tu para tratar d´ele (referência). Para tanto, a questão que este estudo procura responder é a seguinte: se o fundamento da subjetividade está no exercício da língua (BENVENISTE, 2005, p. 287), como o locutor-aluno fundamenta sua subjetividade na conversão do português (sua língua materna) e do espanhol (a língua estrangeira de que está se apropriando) em suas produções escritas? Busca-se a resposta para essa questão por meio da escrita de quatro capítulos. No primeiro, realiza-se um breve percurso sobre a história do ensino de língua estrangeira no Brasil, dando ênfase para o ensino do espanhol como língua estrangeira. No segundo, apresenta-se a concepção enunciativa de linguagem de Émile Benveniste, tratada nos textos Da Subjetividade da Linguagem, O Aparelho Formal da Enunciação e Estrutura da Língua e Estrutura da Sociedade, fundamentais para a formulação dos conceitos-chave deste trabalho. Para tratar da enunciação escrita, o estudo traz a perspectiva de Endruweit (2006; 2010) que aborda produções textuais no contexto de sala de aula. O terceiro capítulo trata da metodologia adotada para analisar os textos dos alunos a partir de uma concepção enunciativa. Nele é explicado onde e como os textos foram coletados, escolhidos e como são analisados. O corpus analisado neste trabalho advém de relatos pessoais produzidos por alunos do curso EJA integrado ao curso técnico em Administração durante as aulas da disciplina de espanhol de uma escola pública federal. Com esse material, busca-se, no quarto capítulo, mostrar as pistas deixadas pelos sujeitos ao escrever, que inscrevem a sua singularidade e subjetividade no uso da língua, seja materna, seja estrangeira.
id UFRGS-2_135135bd78fc70308d2073b5452a64d2
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/79043
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Santos, Maísa Lopes dosSilva, Carmem Luci da Costa2013-10-12T01:52:34Z2013http://hdl.handle.net/10183/79043000900714O presente trabalho tem como objetivo analisar como um aluno que vivencia o processo de ensino-aprendizagem de língua espanhola fundamenta sua subjetividade ao escrever na língua materna e na língua estrangeira. Temos como base a visão enunciativa proposta por Émile Benveniste (2005; 2006) para estudar as marcas deixadas pelo locutor-aluno ao escrever seus discursos para constituir a relação com o seu alocutário. Nesse sentido, aborda-se a subjetividade como constituída e constitutiva da (inter)subjetividade, ambas instanciadas no discurso, resultado da apropriação da língua pelo locutor, que busca se marcar como eu para se relacionar com um tu para tratar d´ele (referência). Para tanto, a questão que este estudo procura responder é a seguinte: se o fundamento da subjetividade está no exercício da língua (BENVENISTE, 2005, p. 287), como o locutor-aluno fundamenta sua subjetividade na conversão do português (sua língua materna) e do espanhol (a língua estrangeira de que está se apropriando) em suas produções escritas? Busca-se a resposta para essa questão por meio da escrita de quatro capítulos. No primeiro, realiza-se um breve percurso sobre a história do ensino de língua estrangeira no Brasil, dando ênfase para o ensino do espanhol como língua estrangeira. No segundo, apresenta-se a concepção enunciativa de linguagem de Émile Benveniste, tratada nos textos Da Subjetividade da Linguagem, O Aparelho Formal da Enunciação e Estrutura da Língua e Estrutura da Sociedade, fundamentais para a formulação dos conceitos-chave deste trabalho. Para tratar da enunciação escrita, o estudo traz a perspectiva de Endruweit (2006; 2010) que aborda produções textuais no contexto de sala de aula. O terceiro capítulo trata da metodologia adotada para analisar os textos dos alunos a partir de uma concepção enunciativa. Nele é explicado onde e como os textos foram coletados, escolhidos e como são analisados. O corpus analisado neste trabalho advém de relatos pessoais produzidos por alunos do curso EJA integrado ao curso técnico em Administração durante as aulas da disciplina de espanhol de uma escola pública federal. Com esse material, busca-se, no quarto capítulo, mostrar as pistas deixadas pelos sujeitos ao escrever, que inscrevem a sua singularidade e subjetividade no uso da língua, seja materna, seja estrangeira.El presente trabajo tiene como objetivo hacer un análisis de como un alumno que vivencia el proceso de enseñanza-aprendizaje de lengua española basa su subjetividad al escribir en la lengua materna y en la lengua extranjera. Tenemos como base la concepción enunciativa propuesta por Émile Benveniste (2005; 2006) para estudiar las marcas dejadas por el locutoralumno al escribir sus discursos, con el objetivo de constituir la relación con el alocutário. En ese sentido, se aborda la subjetividad como constituida y constitutiva de la (inter)subjetividad, ambas instanciadas en el discurso, resultado de la apropiación de la lengua por el locutor, que busca marcarse como un yo para relacionarse con un tú y tratar de él (referencia). Para eso, la cuestión que este estudio procura responder es la siguiente: si el fundamento de la subjetividad está en el ejercicio de la lengua (BENVENISTE, 2005, p. 287), ¿cómo el locutor-alumno fundamenta su subjetividad al cambiar el portugués (su lengua materna) y el español (la lengua extranjera que está se apropiando) en producciones escritas? Se busca la respuesta por medio de la escrita de cuatro capítulos. En el primero, se realiza una breve jornada sobre la historia de la enseñanza de lenguas extranjeras en Brasil, dando énfasis para la enseñanza del español como lengua extranjera. En el segundo, se presenta la concepción enunciativa del lenguaje de Émile Benveniste, así como sus textos Da Subjetividade da Linguagem, O Aparelho Formal da Enunciação e Estrutura da Língua e Estrutura da Sociedade, básicos para la formulación de los conceptos-llave de este trabajo. A fines de tratar de la enunciación escrita, el estudio trae la perspectiva de Endruweit (2006; 2010), que aborda producciones textuales en el contexto de clases. El tercero capítulo dispone de la metodología adoptada para analizar los textos de los alumnos desde una concepción enunciativa. En ello se explica los sitios de colecta de los textos y como ellos fueron elegidos y analizados. El corpus estudiado en este trabajo viene de relatos personales producidos por alumnos del curso EJA (educación de jóvenes y adultos) integrado al curso técnico en Administración durante las clases de la asignatura de español de una escuela pública federal. Con ese material, en el cuarto capítulo se busca mostrar los rastros dejados por los sujetos al escribir, que inscriben su singularidad y subjetividad en el uso de la lengua, sea materna o extranjera.application/pdfporEnsino-aprendizagemLíngua espanholaEnsino de língua estrangeira (espanhol)EnunciaçãoEscritaEnseñanza-aprendizajeEnunciaciónEspañolLengua extranjeraSubjetividadA enunciação no contexto de ensino de língua estrangeira e a subjetividade na produção escrita em língua materna e em língua estrangeirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPorto Alegre, BR-RS2013Letras: Português e Espanhol: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000900714.pdf000900714.pdfTexto completoapplication/pdf2611409http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79043/1/000900714.pdf86304e08ba5ea2b263de5d1c922faf53MD51TEXT000900714.pdf.txt000900714.pdf.txtExtracted Texttext/plain99942http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79043/2/000900714.pdf.txt2f1ba7eb3eae8d60b312d80200bb8b6fMD52THUMBNAIL000900714.pdf.jpg000900714.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1115http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79043/3/000900714.pdf.jpg8dfe177a6188855a33ed9fba41e0458aMD5310183/790432022-08-06 04:46:37.274474oai:www.lume.ufrgs.br:10183/79043Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-08-06T07:46:37Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A enunciação no contexto de ensino de língua estrangeira e a subjetividade na produção escrita em língua materna e em língua estrangeira
title A enunciação no contexto de ensino de língua estrangeira e a subjetividade na produção escrita em língua materna e em língua estrangeira
spellingShingle A enunciação no contexto de ensino de língua estrangeira e a subjetividade na produção escrita em língua materna e em língua estrangeira
Santos, Maísa Lopes dos
Ensino-aprendizagem
Língua espanhola
Ensino de língua estrangeira (espanhol)
Enunciação
Escrita
Enseñanza-aprendizaje
Enunciación
Español
Lengua extranjera
Subjetividad
title_short A enunciação no contexto de ensino de língua estrangeira e a subjetividade na produção escrita em língua materna e em língua estrangeira
title_full A enunciação no contexto de ensino de língua estrangeira e a subjetividade na produção escrita em língua materna e em língua estrangeira
title_fullStr A enunciação no contexto de ensino de língua estrangeira e a subjetividade na produção escrita em língua materna e em língua estrangeira
title_full_unstemmed A enunciação no contexto de ensino de língua estrangeira e a subjetividade na produção escrita em língua materna e em língua estrangeira
title_sort A enunciação no contexto de ensino de língua estrangeira e a subjetividade na produção escrita em língua materna e em língua estrangeira
author Santos, Maísa Lopes dos
author_facet Santos, Maísa Lopes dos
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Maísa Lopes dos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Silva, Carmem Luci da Costa
contributor_str_mv Silva, Carmem Luci da Costa
dc.subject.por.fl_str_mv Ensino-aprendizagem
Língua espanhola
Ensino de língua estrangeira (espanhol)
Enunciação
Escrita
topic Ensino-aprendizagem
Língua espanhola
Ensino de língua estrangeira (espanhol)
Enunciação
Escrita
Enseñanza-aprendizaje
Enunciación
Español
Lengua extranjera
Subjetividad
dc.subject.spa.fl_str_mv Enseñanza-aprendizaje
Enunciación
Español
Lengua extranjera
Subjetividad
description O presente trabalho tem como objetivo analisar como um aluno que vivencia o processo de ensino-aprendizagem de língua espanhola fundamenta sua subjetividade ao escrever na língua materna e na língua estrangeira. Temos como base a visão enunciativa proposta por Émile Benveniste (2005; 2006) para estudar as marcas deixadas pelo locutor-aluno ao escrever seus discursos para constituir a relação com o seu alocutário. Nesse sentido, aborda-se a subjetividade como constituída e constitutiva da (inter)subjetividade, ambas instanciadas no discurso, resultado da apropriação da língua pelo locutor, que busca se marcar como eu para se relacionar com um tu para tratar d´ele (referência). Para tanto, a questão que este estudo procura responder é a seguinte: se o fundamento da subjetividade está no exercício da língua (BENVENISTE, 2005, p. 287), como o locutor-aluno fundamenta sua subjetividade na conversão do português (sua língua materna) e do espanhol (a língua estrangeira de que está se apropriando) em suas produções escritas? Busca-se a resposta para essa questão por meio da escrita de quatro capítulos. No primeiro, realiza-se um breve percurso sobre a história do ensino de língua estrangeira no Brasil, dando ênfase para o ensino do espanhol como língua estrangeira. No segundo, apresenta-se a concepção enunciativa de linguagem de Émile Benveniste, tratada nos textos Da Subjetividade da Linguagem, O Aparelho Formal da Enunciação e Estrutura da Língua e Estrutura da Sociedade, fundamentais para a formulação dos conceitos-chave deste trabalho. Para tratar da enunciação escrita, o estudo traz a perspectiva de Endruweit (2006; 2010) que aborda produções textuais no contexto de sala de aula. O terceiro capítulo trata da metodologia adotada para analisar os textos dos alunos a partir de uma concepção enunciativa. Nele é explicado onde e como os textos foram coletados, escolhidos e como são analisados. O corpus analisado neste trabalho advém de relatos pessoais produzidos por alunos do curso EJA integrado ao curso técnico em Administração durante as aulas da disciplina de espanhol de uma escola pública federal. Com esse material, busca-se, no quarto capítulo, mostrar as pistas deixadas pelos sujeitos ao escrever, que inscrevem a sua singularidade e subjetividade no uso da língua, seja materna, seja estrangeira.
publishDate 2013
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-10-12T01:52:34Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2013
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/79043
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000900714
url http://hdl.handle.net/10183/79043
identifier_str_mv 000900714
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79043/1/000900714.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79043/2/000900714.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/79043/3/000900714.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 86304e08ba5ea2b263de5d1c922faf53
2f1ba7eb3eae8d60b312d80200bb8b6f
8dfe177a6188855a33ed9fba41e0458a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224455358251008