A relação entre maternidade e trabalho no contexto de home office
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/253290 |
Resumo: | As mulheres têm investido cada vez mais em construir uma carreira e compor a renda familiar. Entretanto, não significa que elas tenham se libertado da responsabilidade reprodutiva ou doméstica a elas atribuída. Como trabalho reprodutivo ou doméstico, temos aquele realizado no contexto familiar, de forma gratuita, voltado ao cuidado de pessoas e realizado essencialmente por mulheres. Já o trabalho produtivo é caracterizado como aquele que produz riqueza ou valor. Ambos são resultado da divisão sexual do trabalho, que corresponde à divisão da força de trabalho, através das relações sociais de sexo. Ao trazer abordagens que conectam o papel social da mulher na família, na divisão sexual do trabalho e suas respectivas mudanças nestes nas últimas décadas; a maior visibilidade da mulher como integrante ativa do mercado de trabalho; o crescimento da prática do trabalho remoto após pandemia de Covid-19; e a necessidade de uma conciliação entre profissão e família/maternidade, esta pesquisa busca investigar quais são as percepções produzidas na relação maternidade-trabalho em mulheres trabalhando em home office. Para tanto, utilizouse o método qualitativo, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 9 mulheres que são mães e trabalham em casa. A análise dos diálogos deu-se através de três categorias que abordam questões como divisão sexual do trabalho, maternidade, e trabalho home office. Desta forma, identificaram-se fatores intensificadores da relação maternidade-trabalho dentro do contexto de home office, como maior carga horária e dificuldade de separar tempo de trabalhar e de estar em família; e fatores facilitadores, como a satisfação de passar mais tempo perto da família e acompanhar de perto o crescimento dos filhos. Os dados também apontaram que, apesar de reivindicarem uma maior participação nas tarefas domésticas e de cuidado por parte dos cônjuges, estas mulheres ainda se culpam quando esta participação acontece. Por fim, identificou-se uma constante sobrecarga surgida dos múltiplos papeis por elas desempenhados, e uma presente sensação de que não dão conta de forma satisfatória nem de sua carreira nem de sua família. |
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Lagemann, VitóriaSalvagni, Julice2022-12-29T04:50:51Z2021http://hdl.handle.net/10183/253290001140582As mulheres têm investido cada vez mais em construir uma carreira e compor a renda familiar. Entretanto, não significa que elas tenham se libertado da responsabilidade reprodutiva ou doméstica a elas atribuída. Como trabalho reprodutivo ou doméstico, temos aquele realizado no contexto familiar, de forma gratuita, voltado ao cuidado de pessoas e realizado essencialmente por mulheres. Já o trabalho produtivo é caracterizado como aquele que produz riqueza ou valor. Ambos são resultado da divisão sexual do trabalho, que corresponde à divisão da força de trabalho, através das relações sociais de sexo. Ao trazer abordagens que conectam o papel social da mulher na família, na divisão sexual do trabalho e suas respectivas mudanças nestes nas últimas décadas; a maior visibilidade da mulher como integrante ativa do mercado de trabalho; o crescimento da prática do trabalho remoto após pandemia de Covid-19; e a necessidade de uma conciliação entre profissão e família/maternidade, esta pesquisa busca investigar quais são as percepções produzidas na relação maternidade-trabalho em mulheres trabalhando em home office. Para tanto, utilizouse o método qualitativo, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 9 mulheres que são mães e trabalham em casa. A análise dos diálogos deu-se através de três categorias que abordam questões como divisão sexual do trabalho, maternidade, e trabalho home office. Desta forma, identificaram-se fatores intensificadores da relação maternidade-trabalho dentro do contexto de home office, como maior carga horária e dificuldade de separar tempo de trabalhar e de estar em família; e fatores facilitadores, como a satisfação de passar mais tempo perto da família e acompanhar de perto o crescimento dos filhos. Os dados também apontaram que, apesar de reivindicarem uma maior participação nas tarefas domésticas e de cuidado por parte dos cônjuges, estas mulheres ainda se culpam quando esta participação acontece. Por fim, identificou-se uma constante sobrecarga surgida dos múltiplos papeis por elas desempenhados, e uma presente sensação de que não dão conta de forma satisfatória nem de sua carreira nem de sua família.Women have increasingly invested in building a career and making up the family income. However, it does not mean that they have freed themselves from the reproductive or domestic responsibility attributed to them. As reproductive or domestic work, we have work carried out in the family context, free of charge, aimed at caring for people, and carried out essentially by women. Productive work, on the other hand, is characterized as that which produces wealth or value. Both are the result of the sexual division of labor, which corresponds to the division of the labor force, through social sex relations. By bringing approaches that connect the social role of women in the family, in the sexual division of labor and their respective changes in these in recent decades; the greater visibility of women as an active member of the labor market; the growth of the practice of remote work after the Covid-19 pandemic; and the need for a balance between profession and family/maternity, this research seeks to investigate what are the perceptions produced in the maternity-work relationship in women working in home office. For that, the qualitative method was used, through semistructured interviews carried out with 9 women who are mothers and work at home. The analysis of the dialogues took place through three categories that address issues such as the sexual division of work, maternity, and home office work. Thus, factors that enhance the maternity-work relationship within the home office context were identified, such as greater workload and difficulty in separating time from work and being with the family; and facilitating factors, such as the satisfaction of spending more time with the family and closely following the children's growth. The data also showed that, despite claiming greater participation in household and care tasks by their spouses, these women still blame themselves when this participation happens. Finally, there was a constant overload arising from the multiple roles they played, and a present feeling that they were not able to satisfactorily handle either their career or their family.application/pdfporMaternidadeCOVID-19TeletrabalhoDivisão do trabalhoSexual division of laborMaternityHome officeWork-family conflictA relação entre maternidade e trabalho no contexto de home officeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de AdministraçãoPorto Alegre, BR-RS2021/1Administraçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001140582.pdf.txt001140582.pdf.txtExtracted Texttext/plain169238http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253290/2/001140582.pdf.txte1434a86441e693ff44ca320a3c8ebe0MD52ORIGINAL001140582.pdfTexto completoapplication/pdf473201http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253290/1/001140582.pdf06c379c94c810e0bbf8929be7db9a404MD5110183/2532902022-12-30 05:55:24.789203oai:www.lume.ufrgs.br:10183/253290Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2022-12-30T07:55:24Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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As mulheres têm investido cada vez mais em construir uma carreira e compor a renda familiar. Entretanto, não significa que elas tenham se libertado da responsabilidade reprodutiva ou doméstica a elas atribuída. Como trabalho reprodutivo ou doméstico, temos aquele realizado no contexto familiar, de forma gratuita, voltado ao cuidado de pessoas e realizado essencialmente por mulheres. Já o trabalho produtivo é caracterizado como aquele que produz riqueza ou valor. Ambos são resultado da divisão sexual do trabalho, que corresponde à divisão da força de trabalho, através das relações sociais de sexo. Ao trazer abordagens que conectam o papel social da mulher na família, na divisão sexual do trabalho e suas respectivas mudanças nestes nas últimas décadas; a maior visibilidade da mulher como integrante ativa do mercado de trabalho; o crescimento da prática do trabalho remoto após pandemia de Covid-19; e a necessidade de uma conciliação entre profissão e família/maternidade, esta pesquisa busca investigar quais são as percepções produzidas na relação maternidade-trabalho em mulheres trabalhando em home office. Para tanto, utilizouse o método qualitativo, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 9 mulheres que são mães e trabalham em casa. A análise dos diálogos deu-se através de três categorias que abordam questões como divisão sexual do trabalho, maternidade, e trabalho home office. Desta forma, identificaram-se fatores intensificadores da relação maternidade-trabalho dentro do contexto de home office, como maior carga horária e dificuldade de separar tempo de trabalhar e de estar em família; e fatores facilitadores, como a satisfação de passar mais tempo perto da família e acompanhar de perto o crescimento dos filhos. Os dados também apontaram que, apesar de reivindicarem uma maior participação nas tarefas domésticas e de cuidado por parte dos cônjuges, estas mulheres ainda se culpam quando esta participação acontece. Por fim, identificou-se uma constante sobrecarga surgida dos múltiplos papeis por elas desempenhados, e uma presente sensação de que não dão conta de forma satisfatória nem de sua carreira nem de sua família. |
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