Nível de engajamento de crianças em aulas de educação física
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/157194 |
Resumo: | Aulas de educação física escolares são essenciais na infância, pois através da prática motora e oportunidades para aprendizagem, as crianças poderão contar com maiores recursos motores para engajar-se em brincadeiras e jogos. O engajamento efetivo nessas atividades, durante a infância, pode influenciar a permanência das crianças em atividades físicas à medida que crescem. Este estudo teve como objetivos: (1) verificar o nível de engajamento das crianças nas aulas de educação física; (2) investigar o contexto de desenvolvimento da criança na escola e o comportamento da professora em relação às aulas de educação física escolar; e (3) verificar mudanças nas autopercepções das crianças sobre suas habilidades em aulas de educação física. Foram observadas e gravadas 16 aulas de educação física de duas turmas de escolas públicas da capital, uma de Ensino Fundamental (n crianças = 15), e uma de Educação Infantil (n crianças =12). Para análise das aulas foi utilizado o System for Observing Fitness Instruction Time. Para a análise dos dados foram utilizadas estatísticas descritivas, Teste-t independente e correlação de Pearson. Os resultados referentes ao engajamento dos alunos apontaram diferenças significativas entre: (1) as crianças da turma de educação infantil (M=14,6 DP=5,4) e ensino fundamental (M=22,3 DP=11,4) no comportamento “Engajado Apropriado” (p=0,040); (2) educação infantil (M=15 DP=5,4) e ensino fundamental (M=28,3 DP=6,8) no comportamento “Não engajado-Apoio” (p<0,001); (3) meninas e meninos não apresentaram diferenças significativas no engajamento (p>0,05). As correlações indicaram que comportamento “Não engajado – apoio” correlacionou-se positiva e significativamente com os comportamentos do professor “Promove Aptidão Física” (p=0,003), “Instrução Geral” (p=0,002) e com “Observa” (p=0,047). No contexto de aula, o Conteúdo Motor ficou em evidência em relação às outras atividades. O comportamento da professora se destacou em Promover Aptidão Física. Os resultados da autopercepção de competência motora indicaram que: (1) as crianças da educação infantil diminuíram a autopercepção nas habilidades de galope, passada, salto horizontal, corrida lateral, rolar e chutar; e aumentaram a autopercepção de competência em arremessar; (2) as crianças do ensino fundamental diminuíram a autopercepção nas habilidades de correr, salto horizontal, quicar, chutar e rolar; e aumentaram em galopar, rebater e receber; (3) as meninas diminuíram a autopercepção nas habilidades de correr, passada, corrida lateral, chute e rolar; e aumentaram nas habilidades de galopar, salto com um pé, salto horizontal, rebater, receber e arremessar; (4) os meninos diminuíram a autopercepção nas habilidades de passada, salto horizontal, quicar, chutar e rolar; e aumentaram em correr, galopar e salto com um pé. As ações dos professores, bem como o ambiente e a proposta de aula podem influenciar no engajamento dos alunos na aula de educação física de forma positiva ou negativa. Os resultados da autopercepção de competência motora sugerem que o desenvolvimento de aulas estruturadas com instrução e feedback adequado e precisos podem favorecer o desenvolvimento de uma percepção de competência motora mais precisa. |
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