Por uma formação crítica e engajada de tradutores
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/232310 |
Resumo: | Pode ou deve o tradutor engajar-se política e socialmente em suas traduções ou em seus trabalhos acadêmicos em tradução? Em que medida tradutores e intérpretes, incluindo aqueles que estão em formação, refletem sobre a natureza ideológica do conhecimento que produzem e seus efeitos para a sociedade? Partindo da problematização dessas questões, que diz do próprio lugar social e político do profissional da tradução, defendemos que uma visão crítica da prática tradutória e o engajamento —capazes de resultar em ações emancipatórias e de resistência —devem ser exercitados desde a graduação. Afinal,os aspectos cognitivo, afetivo, social e político interrelacionam-se continuamente no sujeito em formação. Propomos, assim, um observatório da pesquisa inicial em tradução —aquela realizada por graduandos ao final da graduação —que se apoia na concepção de terrenos sensíveis, conceito tomado da antropologia francesa, e na abordagem narrativa da interação aplicada à tradução (Mona Baker) e, paranós, também ao trabalho acadêmico. Ao atualizarmos os dados levantados pelo observatório (que cobrem o período de 2016 a 2019), apontamos em resumos e introduções de TCCs a maneira como os estudantes se posicionam em relação a temas sensíveis, seja por escolhas da tradução de uma obra ou autor(a), seja em razão de como problematizam questões atinentes a práticas tradutórias e a traduções, o que funciona como um termômetro para o que, enquanto formadores, temos fomentado nas instituições de ensino superior brasileiras. |
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Silva, Marcia Moura daLoguercio, Sandra Dias2021-11-29T04:28:42Z20212316-6614http://hdl.handle.net/10183/232310001134264Pode ou deve o tradutor engajar-se política e socialmente em suas traduções ou em seus trabalhos acadêmicos em tradução? Em que medida tradutores e intérpretes, incluindo aqueles que estão em formação, refletem sobre a natureza ideológica do conhecimento que produzem e seus efeitos para a sociedade? Partindo da problematização dessas questões, que diz do próprio lugar social e político do profissional da tradução, defendemos que uma visão crítica da prática tradutória e o engajamento —capazes de resultar em ações emancipatórias e de resistência —devem ser exercitados desde a graduação. Afinal,os aspectos cognitivo, afetivo, social e político interrelacionam-se continuamente no sujeito em formação. Propomos, assim, um observatório da pesquisa inicial em tradução —aquela realizada por graduandos ao final da graduação —que se apoia na concepção de terrenos sensíveis, conceito tomado da antropologia francesa, e na abordagem narrativa da interação aplicada à tradução (Mona Baker) e, paranós, também ao trabalho acadêmico. Ao atualizarmos os dados levantados pelo observatório (que cobrem o período de 2016 a 2019), apontamos em resumos e introduções de TCCs a maneira como os estudantes se posicionam em relação a temas sensíveis, seja por escolhas da tradução de uma obra ou autor(a), seja em razão de como problematizam questões atinentes a práticas tradutórias e a traduções, o que funciona como um termômetro para o que, enquanto formadores, temos fomentado nas instituições de ensino superior brasileiras.Can or should translators engage politically and socially in their translations or academic research in translation? To what extent do translators and interpreters, including those in training, reflect upon the ideological nature of the knowledge they produce and its effects on society? As these questions are related to the translator’s social and political place, we believe that a critical view of translation practice and political engagement, which can lead toacts of emancipation and resistance, should be first explored during the BA course. After all, cognitive, affective, social and political aspects are continuously interrelated in the individual in training. Thus, we propose an observatory of early-stage research in translation carried out by undergraduate students at the end of their course. This proposal is based on the idea ofsensitive terrains, a concept borrowed from French anthropology, and the narrative approach to translation (Mona Baker), which we here expand to cover academic research.By updating the data collected by the observatory (covering the period from 2016 to 2019), we verified, in abstracts and introductions of undergraduate dissertations, how students position themselves concerning sensitive topics. This positioning can manifest itself in either their choices of aparticular translated author or book or in the way they problematise issues related to translation practices and translations, which shows what we, as educators, have been fostering in Brazilian higher education institutions.application/pdfporBelas infiéis. Brasília, DF. Vol. 10, n. 4 (2021), p. 1-24Formação de tradutoresTraduçãoTexto acadêmicoTranslator educationSensitive terrainNarrative approachPolitical and social engagementUndergraduate dissertations in translationPor uma formação crítica e engajada de tradutoresFor a critical and engaged translator training info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001134264.pdf.txt001134264.pdf.txtExtracted Texttext/plain70427http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232310/2/001134264.pdf.txt5822857faefe229f1ee5cf573c8b77bbMD52ORIGINAL001134264.pdfTexto completoapplication/pdf495492http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/232310/1/001134264.pdfe0b358bd04988e62f8b9fd53b139e489MD5110183/2323102021-12-06 05:37:05.067491oai:www.lume.ufrgs.br:10183/232310Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-12-06T07:37:05Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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