A CONSULTA COMPARTILHADA COMO EXPERIÊNCIA DE PRÁTICA PARA A DOCÊNCIA NO MESTRADO PROFISSIONAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Ana Flávia Mariano Bailone Alvares
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Pasquali, Gessiane Keila Ignatowicz, Vargas, Deisi Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saberes Plurais: Educação na saúde
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/saberesplurais/article/view/88887
Resumo: Segundo a Portaria nº17 de 2009 (BRASIL, 2009), o mestrado profissional é uma Pós-Graduação stricto sensu que habilita o profissional-aluno para atender demandas do mercado de trabalho. O Programa de PósGraduação em nível de Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da FURB (FURB, 2015) enfatiza o trabalho interdisciplinar objetiva qualificar profissionais da área da saúde para o serviço, ensino e pesquisa a partir da construção histórica do campo da Saúde Coletiva e das políticas de Estado para a Saúde. Dentre as disciplinas do programa, o Estágio em Docência visa capacitar o profissional para a docência no ensino superior, nas atividades teóricas, experimentais ou práticas, com a supervisão do professor. Este trabalho relata a experiência na prática para a docência no ensino superior realizado com acadêmicos da 9ª fase de Medicina no 1º semestre de 2018, na disciplina Internato em Medicina Família e Comunidade – Pediatria, no ambulatório da Fundação Hospitalar de Blumenau Hospital Santo Antônio. As ações de saúde desenvolvidas foram direcionadas a crianças, adolescentes e suas famílias com Diabetes Melittus Tipo I, Obesidade, Hipotireoidismo, Hipertireoidismo, entre outros. A metodologia adotada foi a consulta compartilhada projetando a aplicação do aprendizado alcançado ao longo do mestrado profissional: educação interprofissional e prática colaborativa. A consulta compartilhada possibilita a comunicação transversal entre diferentes profissionais da saúde a partir de abordagens diversas com uma clínica ampliada e com manejo eficiente da queixa/doença das pessoas. As consultas aconteciam semanalmente com crianças ou adolescentes de faixa etária variada, no ambulatório referido, em grupos de dois ou três alunos. Para o uso da estratégia, além do planejamento por parte do mestrando, a discussão dos casos que seriam atendidos era realizada com os acadêmicos e com o professor. Ao final de todos os atendimentos novamente discutiam-se caso a caso, favorecendo a comunicação, colaboração e unificando a conduta e acesso de todos às informações.  Em consultas compartilhadas o diagnóstico multidimensional é o resultado esperado, sem ultrapassar as funções e responsabilidades de cada profissão. Nosso posicionamento foi direcionado às subjetividades, baseada na escuta das famílias da qual puderam surgir novas demandas e com isso o ensino e a aprendizagem de forma ativa da integralidade em saúde. A experiência possibilitou a compreensão e apropriação dos ciclos de vida e as necessidades de saúde das crianças e adolescentes; atitude, postura e ação em mediar conflitos com discentes, equipe e familiares; promoção de múltiplas aprendizagens, exercício colaborativo e reflexões éticas sobre a atuação profissional, permitindo o aprendizado do coletivo na vivência e não somente no seu conceito. Contribuiu para reforçar o papel acadêmico e social da universidade, para a formação profissional dos graduandos e pós-graduandos através da articulação entre as políticas de educação e saúde, promovendo interação entre o ensino, serviço e comunidade, o que requer um esforço permanente para a reconfiguração dos espaços de ensino-aprendizagem.
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