Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas Gerais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/6549 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo o estudo geológico do ortognaisse granítico São Tiago visando sua inserção no contexto evolutivo da região. Para se alcançar o objetivo proposto foi realizado o mapeamento geológico na escala de 1:25.000 em uma área de cerca de 164 km2 entre as cidades de São Tiago, Ritápolis e Resende Costa, bem como o estudo petrográfico e geoquímico. A evolução da borda meridional do cráton São Francisco pode ser explicada como a estabilização de uma massa continental arqueana, que no Paleoproterozoico começou a sofrer um processo de subducção, culminando com a formação de arcos magmáticos, que foram incluídos no Cinturão Mineiro. Este cinturão é composto principalmente por rochas crustais arqueanas parcialmente retrabalhadas durante o Paleoproterozoico, bem como o greenstone belt Rio das Velhas, além de greenstone belts e plútons máficos e félsicos paleoproterozoicos (como o granitóide Ritápolis e o diorito Brumado). De modo geral, a área mapeada é composta por: 1) sequência greenstone belt; 2) ortognaisse granítico São Tiago e pegmatitos associados; 3) Sequência metassedimentar; 4) Ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra e ortognaisse trondhjemítico Canoas (com pegmatitos associados); 5) Gnaisse biotítico; 6) Granitóides e pegmatitos correlacionados ao granitóide Ritápolis; 7) Diques noríticos; 8) Diques máficos. A sequência greenstone belt agrupa uma série de tipos litológicos distintos interpretados como pertencentes a uma seqüência metavulcanossedimentar composta por rochas metafélsicas, metamáficas, metaultramáficas, metassedimentares e gnaisses. As rochas metafélsicas são representadas por um metandesito de coloração esverdeada que possui granulação fina e foliação bem marcada. As rochas metamáficas são representadas por anfibolitos, que ocorrem normalmente muito alterados, ocasionando a formação de um solo marrom avermelhado. São compostos por anfibólio, plagioclásio, e minerais opacos, bem como apresentam foliação metamórfica bem marcada. As rochas metaultramáficas também ocorrem muito alteradas e são representadas por serpentinito, talco xisto, anfibolitito, cloritito e metapiroxenito. As rochas metassedimentares são representadas por xistos e filitos que afloram isoladamente ao longo de todo o greenstone belt. Os gnaisses pertencentes ao greenstone belt pode ser separados em gnaisses homogêneos e bandados. O gnaisse V homogêneo é composto por epidoto, quartzo e plagioclásio, enquanto o gnaisse bandado possui bandas félsicas, compostas por quartzo e álcali-feldspato, e máficas, anfibolíticas. O ortognaisse granítico São Tiago é caracterizado por seu bandamento e estrutura gnáissica, podendo ser localmente porfirítico e possuir estrutura migmatítica. É separado em quatro diferentes litótipos: Litótipo 1) ortognaisse fino a médio, esbranquiçado, foliado, hololeucocrático a leucocrático, bandado (níveis félsicos e máficos) e de composição monzogranítica a granodiorítica, e mais raramente quartzo monzonítica; Litótipo 2) ortognaisse fino a médio, acinzentado, foliado, leucocrático a mesocrático, anastomosado, de composição tonalítica e com maior proporção de biotita; Litótipo 3) pegmatito grosso, homogêneo, hololeucocrático e composto por feldspato, quartzo e rara moscovita; Litótipo 4) granitóide médio, homogêneo, hololeucocrático e de composição monzogranítica, localmente sienogranítica e quartzo monzonítica. Onde a unidade de mapeamento denominada ortognaisse granítico São Tiago seria formada pela união desses litótipos. A sequência metassedimentar é representada por quartzitos, xistos, gonditos e FFBs (Formação Ferrífera Bandada). A FFB é composta principalmente por magnetita e quartzo, mas pode apresentar rara hematita, granada e epidoto. Ocorre comumente junto ao gondito, sendo muito difícil individualizá-los na escala de mapeamento utilizada. Os ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra, bem como o ortognaisse trondhjemítico Canoas afloram em meio à sequência greenstone. O ortognaisse trondhjemítico Canoas possui foliação incipiente e é hololeucocrático, enquanto o ortognaisse tonalítico Bandeira é leucocrático e possui foliação marcante. Já o ortognaisse tonalítico Serra é leucocrático possui foliação bem marcada e é cortado por diversas zonas de cisalhamento. O gnaisse biotítico possui índice de cor variando entre 30 e 50, granulação média a grossa, foliação bem marcada e um forte bandamento gnáissico. É cortado por veios pegmatíticos concordantes a foliação que estão boudinados, bem como os cristais de quartzo estão alinhados segundo uma direção de lineação de estiramento. O granitóide Ritápolis é diferenciado em campo dos demais corpos plutônicos félsicos da área estudada por ser o único que não possui foliação metamórfica fortemente penetrativa orientando o quartzo e o feldspato. Possui composição monzogranítica a sienogranítica, textura equigranular xenomórfica a heterogranular porfirítica, granulação média a grossa e índice de cor entre 5 e 15. Apresenta ainda xenólitos arredondados de gondito, compostos por granada, quartzo e biotita cloritizada e de gnaisse. Ocorre na área estudada uma série de corpos pegmatitos onde foi possível a caracterização de pelo menos três gerações distintas. A primeira geração intrude o ortognaisse granítico São Tiago e está, localmente, concordante à foliação metamórfica. A segunda VI geração de pegmatitos é intrusiva no ortognaisse tonalítico Bandeira e em nenhum ponto foi caracterizada como concordante a foliação presente neste. A terceira geração de pegmatitos é intrusiva na grande maioria dos litótipos estudados (com exceção dos diques de norito e de diabásio). O dique de norito possui direção 170°-350° e encontra-se encaixado no ortognaisse tonalítico Serra. Este dique possui orientação de fluxo magmático marcada pela direção de maior alongamento dos cristais de ortopiroxênio, seu índice de cor (IC) varia entre 50 e 60 e é composto por plagioclásio e ortopiroxênio. Os diques máficos englobam diques de diabásio e de metadiabásio que cortam as demais rochas estudadas. Os diques de diabásio apresentam diferentes strikes (070°-250° e 030°-210°), espessuras de cerca de 1 m e são intrusivos na sequência greenstone belt, no ortognaisse granítico São Tiago, na sequência metassedimentar (quartzitos) e no ortognaisse tonalítico Bandeira, enquanto o dique de metadiabásio possui strike 110°-290°, espessura de vários metros e corta o ortognaisse granítico São Tiago. |
id |
UFRJ_de8d86cea6ba532eb9cdcd1316a6be52 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/6549 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas GeraisOrtognaisse granítico São TiagoGreenstone belt Rio das VelhasPetrografiaGeoquímicaCinturão MineiroCráton São FranciscoCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAO presente trabalho tem como objetivo o estudo geológico do ortognaisse granítico São Tiago visando sua inserção no contexto evolutivo da região. Para se alcançar o objetivo proposto foi realizado o mapeamento geológico na escala de 1:25.000 em uma área de cerca de 164 km2 entre as cidades de São Tiago, Ritápolis e Resende Costa, bem como o estudo petrográfico e geoquímico. A evolução da borda meridional do cráton São Francisco pode ser explicada como a estabilização de uma massa continental arqueana, que no Paleoproterozoico começou a sofrer um processo de subducção, culminando com a formação de arcos magmáticos, que foram incluídos no Cinturão Mineiro. Este cinturão é composto principalmente por rochas crustais arqueanas parcialmente retrabalhadas durante o Paleoproterozoico, bem como o greenstone belt Rio das Velhas, além de greenstone belts e plútons máficos e félsicos paleoproterozoicos (como o granitóide Ritápolis e o diorito Brumado). De modo geral, a área mapeada é composta por: 1) sequência greenstone belt; 2) ortognaisse granítico São Tiago e pegmatitos associados; 3) Sequência metassedimentar; 4) Ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra e ortognaisse trondhjemítico Canoas (com pegmatitos associados); 5) Gnaisse biotítico; 6) Granitóides e pegmatitos correlacionados ao granitóide Ritápolis; 7) Diques noríticos; 8) Diques máficos. A sequência greenstone belt agrupa uma série de tipos litológicos distintos interpretados como pertencentes a uma seqüência metavulcanossedimentar composta por rochas metafélsicas, metamáficas, metaultramáficas, metassedimentares e gnaisses. As rochas metafélsicas são representadas por um metandesito de coloração esverdeada que possui granulação fina e foliação bem marcada. As rochas metamáficas são representadas por anfibolitos, que ocorrem normalmente muito alterados, ocasionando a formação de um solo marrom avermelhado. São compostos por anfibólio, plagioclásio, e minerais opacos, bem como apresentam foliação metamórfica bem marcada. As rochas metaultramáficas também ocorrem muito alteradas e são representadas por serpentinito, talco xisto, anfibolitito, cloritito e metapiroxenito. As rochas metassedimentares são representadas por xistos e filitos que afloram isoladamente ao longo de todo o greenstone belt. Os gnaisses pertencentes ao greenstone belt pode ser separados em gnaisses homogêneos e bandados. O gnaisse V homogêneo é composto por epidoto, quartzo e plagioclásio, enquanto o gnaisse bandado possui bandas félsicas, compostas por quartzo e álcali-feldspato, e máficas, anfibolíticas. O ortognaisse granítico São Tiago é caracterizado por seu bandamento e estrutura gnáissica, podendo ser localmente porfirítico e possuir estrutura migmatítica. É separado em quatro diferentes litótipos: Litótipo 1) ortognaisse fino a médio, esbranquiçado, foliado, hololeucocrático a leucocrático, bandado (níveis félsicos e máficos) e de composição monzogranítica a granodiorítica, e mais raramente quartzo monzonítica; Litótipo 2) ortognaisse fino a médio, acinzentado, foliado, leucocrático a mesocrático, anastomosado, de composição tonalítica e com maior proporção de biotita; Litótipo 3) pegmatito grosso, homogêneo, hololeucocrático e composto por feldspato, quartzo e rara moscovita; Litótipo 4) granitóide médio, homogêneo, hololeucocrático e de composição monzogranítica, localmente sienogranítica e quartzo monzonítica. Onde a unidade de mapeamento denominada ortognaisse granítico São Tiago seria formada pela união desses litótipos. A sequência metassedimentar é representada por quartzitos, xistos, gonditos e FFBs (Formação Ferrífera Bandada). A FFB é composta principalmente por magnetita e quartzo, mas pode apresentar rara hematita, granada e epidoto. Ocorre comumente junto ao gondito, sendo muito difícil individualizá-los na escala de mapeamento utilizada. Os ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra, bem como o ortognaisse trondhjemítico Canoas afloram em meio à sequência greenstone. O ortognaisse trondhjemítico Canoas possui foliação incipiente e é hololeucocrático, enquanto o ortognaisse tonalítico Bandeira é leucocrático e possui foliação marcante. Já o ortognaisse tonalítico Serra é leucocrático possui foliação bem marcada e é cortado por diversas zonas de cisalhamento. O gnaisse biotítico possui índice de cor variando entre 30 e 50, granulação média a grossa, foliação bem marcada e um forte bandamento gnáissico. É cortado por veios pegmatíticos concordantes a foliação que estão boudinados, bem como os cristais de quartzo estão alinhados segundo uma direção de lineação de estiramento. O granitóide Ritápolis é diferenciado em campo dos demais corpos plutônicos félsicos da área estudada por ser o único que não possui foliação metamórfica fortemente penetrativa orientando o quartzo e o feldspato. Possui composição monzogranítica a sienogranítica, textura equigranular xenomórfica a heterogranular porfirítica, granulação média a grossa e índice de cor entre 5 e 15. Apresenta ainda xenólitos arredondados de gondito, compostos por granada, quartzo e biotita cloritizada e de gnaisse. Ocorre na área estudada uma série de corpos pegmatitos onde foi possível a caracterização de pelo menos três gerações distintas. A primeira geração intrude o ortognaisse granítico São Tiago e está, localmente, concordante à foliação metamórfica. A segunda VI geração de pegmatitos é intrusiva no ortognaisse tonalítico Bandeira e em nenhum ponto foi caracterizada como concordante a foliação presente neste. A terceira geração de pegmatitos é intrusiva na grande maioria dos litótipos estudados (com exceção dos diques de norito e de diabásio). O dique de norito possui direção 170°-350° e encontra-se encaixado no ortognaisse tonalítico Serra. Este dique possui orientação de fluxo magmático marcada pela direção de maior alongamento dos cristais de ortopiroxênio, seu índice de cor (IC) varia entre 50 e 60 e é composto por plagioclásio e ortopiroxênio. Os diques máficos englobam diques de diabásio e de metadiabásio que cortam as demais rochas estudadas. Os diques de diabásio apresentam diferentes strikes (070°-250° e 030°-210°), espessuras de cerca de 1 m e são intrusivos na sequência greenstone belt, no ortognaisse granítico São Tiago, na sequência metassedimentar (quartzitos) e no ortognaisse tonalítico Bandeira, enquanto o dique de metadiabásio possui strike 110°-290°, espessura de vários metros e corta o ortognaisse granítico São Tiago.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilInstituto de GeociênciasUFRJÁvila, Ciro Alexandre http://lattes.cnpq.br/1281397426132157Bongiolo, Everton Marqueshttp://lattes.cnpq.br/7782253195806070Silva, Luiz Carlos daTrouw, Rudolph Allard Johanneshttp://lattes.cnpq.br/6311422476235499Stohler, Rômulo de Campos2019-02-19T18:52:41Z2023-12-21T03:04:42Z2011-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://hdl.handle.net/11422/6549porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2023-12-21T03:04:42Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/6549Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2023-12-21T03:04:42Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas Gerais |
title |
Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas Gerais |
spellingShingle |
Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas Gerais Stohler, Rômulo de Campos Ortognaisse granítico São Tiago Greenstone belt Rio das Velhas Petrografia Geoquímica Cinturão Mineiro Cráton São Francisco CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA |
title_short |
Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas Gerais |
title_full |
Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas Gerais |
title_fullStr |
Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas Gerais |
title_full_unstemmed |
Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas Gerais |
title_sort |
Mapeamento geológico, petrográfico e geoquímica preliminar do ortognaisse granítico São Tiago de Minas Gerais |
author |
Stohler, Rômulo de Campos |
author_facet |
Stohler, Rômulo de Campos |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Ávila, Ciro Alexandre http://lattes.cnpq.br/1281397426132157 Bongiolo, Everton Marques http://lattes.cnpq.br/7782253195806070 Silva, Luiz Carlos da Trouw, Rudolph Allard Johannes http://lattes.cnpq.br/6311422476235499 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Stohler, Rômulo de Campos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ortognaisse granítico São Tiago Greenstone belt Rio das Velhas Petrografia Geoquímica Cinturão Mineiro Cráton São Francisco CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA |
topic |
Ortognaisse granítico São Tiago Greenstone belt Rio das Velhas Petrografia Geoquímica Cinturão Mineiro Cráton São Francisco CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA |
description |
O presente trabalho tem como objetivo o estudo geológico do ortognaisse granítico São Tiago visando sua inserção no contexto evolutivo da região. Para se alcançar o objetivo proposto foi realizado o mapeamento geológico na escala de 1:25.000 em uma área de cerca de 164 km2 entre as cidades de São Tiago, Ritápolis e Resende Costa, bem como o estudo petrográfico e geoquímico. A evolução da borda meridional do cráton São Francisco pode ser explicada como a estabilização de uma massa continental arqueana, que no Paleoproterozoico começou a sofrer um processo de subducção, culminando com a formação de arcos magmáticos, que foram incluídos no Cinturão Mineiro. Este cinturão é composto principalmente por rochas crustais arqueanas parcialmente retrabalhadas durante o Paleoproterozoico, bem como o greenstone belt Rio das Velhas, além de greenstone belts e plútons máficos e félsicos paleoproterozoicos (como o granitóide Ritápolis e o diorito Brumado). De modo geral, a área mapeada é composta por: 1) sequência greenstone belt; 2) ortognaisse granítico São Tiago e pegmatitos associados; 3) Sequência metassedimentar; 4) Ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra e ortognaisse trondhjemítico Canoas (com pegmatitos associados); 5) Gnaisse biotítico; 6) Granitóides e pegmatitos correlacionados ao granitóide Ritápolis; 7) Diques noríticos; 8) Diques máficos. A sequência greenstone belt agrupa uma série de tipos litológicos distintos interpretados como pertencentes a uma seqüência metavulcanossedimentar composta por rochas metafélsicas, metamáficas, metaultramáficas, metassedimentares e gnaisses. As rochas metafélsicas são representadas por um metandesito de coloração esverdeada que possui granulação fina e foliação bem marcada. As rochas metamáficas são representadas por anfibolitos, que ocorrem normalmente muito alterados, ocasionando a formação de um solo marrom avermelhado. São compostos por anfibólio, plagioclásio, e minerais opacos, bem como apresentam foliação metamórfica bem marcada. As rochas metaultramáficas também ocorrem muito alteradas e são representadas por serpentinito, talco xisto, anfibolitito, cloritito e metapiroxenito. As rochas metassedimentares são representadas por xistos e filitos que afloram isoladamente ao longo de todo o greenstone belt. Os gnaisses pertencentes ao greenstone belt pode ser separados em gnaisses homogêneos e bandados. O gnaisse V homogêneo é composto por epidoto, quartzo e plagioclásio, enquanto o gnaisse bandado possui bandas félsicas, compostas por quartzo e álcali-feldspato, e máficas, anfibolíticas. O ortognaisse granítico São Tiago é caracterizado por seu bandamento e estrutura gnáissica, podendo ser localmente porfirítico e possuir estrutura migmatítica. É separado em quatro diferentes litótipos: Litótipo 1) ortognaisse fino a médio, esbranquiçado, foliado, hololeucocrático a leucocrático, bandado (níveis félsicos e máficos) e de composição monzogranítica a granodiorítica, e mais raramente quartzo monzonítica; Litótipo 2) ortognaisse fino a médio, acinzentado, foliado, leucocrático a mesocrático, anastomosado, de composição tonalítica e com maior proporção de biotita; Litótipo 3) pegmatito grosso, homogêneo, hololeucocrático e composto por feldspato, quartzo e rara moscovita; Litótipo 4) granitóide médio, homogêneo, hololeucocrático e de composição monzogranítica, localmente sienogranítica e quartzo monzonítica. Onde a unidade de mapeamento denominada ortognaisse granítico São Tiago seria formada pela união desses litótipos. A sequência metassedimentar é representada por quartzitos, xistos, gonditos e FFBs (Formação Ferrífera Bandada). A FFB é composta principalmente por magnetita e quartzo, mas pode apresentar rara hematita, granada e epidoto. Ocorre comumente junto ao gondito, sendo muito difícil individualizá-los na escala de mapeamento utilizada. Os ortognaisses tonalíticos Bandeira e Serra, bem como o ortognaisse trondhjemítico Canoas afloram em meio à sequência greenstone. O ortognaisse trondhjemítico Canoas possui foliação incipiente e é hololeucocrático, enquanto o ortognaisse tonalítico Bandeira é leucocrático e possui foliação marcante. Já o ortognaisse tonalítico Serra é leucocrático possui foliação bem marcada e é cortado por diversas zonas de cisalhamento. O gnaisse biotítico possui índice de cor variando entre 30 e 50, granulação média a grossa, foliação bem marcada e um forte bandamento gnáissico. É cortado por veios pegmatíticos concordantes a foliação que estão boudinados, bem como os cristais de quartzo estão alinhados segundo uma direção de lineação de estiramento. O granitóide Ritápolis é diferenciado em campo dos demais corpos plutônicos félsicos da área estudada por ser o único que não possui foliação metamórfica fortemente penetrativa orientando o quartzo e o feldspato. Possui composição monzogranítica a sienogranítica, textura equigranular xenomórfica a heterogranular porfirítica, granulação média a grossa e índice de cor entre 5 e 15. Apresenta ainda xenólitos arredondados de gondito, compostos por granada, quartzo e biotita cloritizada e de gnaisse. Ocorre na área estudada uma série de corpos pegmatitos onde foi possível a caracterização de pelo menos três gerações distintas. A primeira geração intrude o ortognaisse granítico São Tiago e está, localmente, concordante à foliação metamórfica. A segunda VI geração de pegmatitos é intrusiva no ortognaisse tonalítico Bandeira e em nenhum ponto foi caracterizada como concordante a foliação presente neste. A terceira geração de pegmatitos é intrusiva na grande maioria dos litótipos estudados (com exceção dos diques de norito e de diabásio). O dique de norito possui direção 170°-350° e encontra-se encaixado no ortognaisse tonalítico Serra. Este dique possui orientação de fluxo magmático marcada pela direção de maior alongamento dos cristais de ortopiroxênio, seu índice de cor (IC) varia entre 50 e 60 e é composto por plagioclásio e ortopiroxênio. Os diques máficos englobam diques de diabásio e de metadiabásio que cortam as demais rochas estudadas. Os diques de diabásio apresentam diferentes strikes (070°-250° e 030°-210°), espessuras de cerca de 1 m e são intrusivos na sequência greenstone belt, no ortognaisse granítico São Tiago, na sequência metassedimentar (quartzitos) e no ortognaisse tonalítico Bandeira, enquanto o dique de metadiabásio possui strike 110°-290°, espessura de vários metros e corta o ortognaisse granítico São Tiago. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-11 2019-02-19T18:52:41Z 2023-12-21T03:04:42Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/6549 |
url |
http://hdl.handle.net/11422/6549 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro Brasil Instituto de Geociências UFRJ |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro Brasil Instituto de Geociências UFRJ |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
pantheon@sibi.ufrj.br |
_version_ |
1815455982153629696 |