Status de vitamina D e fatores associados em indivíduos submetidos a transplante renal: um estudo longitudinal
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24914 |
Resumo: | A hipovitaminose D tem sido demonstrada em doentes renais. Nos indivíduos submetidos ao transplante renal, pode causar progressão da albuminúria, aumentando o declínio da função renal e o risco de perda de enxerto. O objetivo do estudo é avaliar o status da vitamina D em indivíduos submetidos ao transplante renal e sua relação com os parâmetros da função renal no tempo zero, 3 meses e 6 meses pós-transplante. Trata-se de um estudo longitudinal desenvolvido com 49 transplantados renais no período de agosto de 2015 a janeiro de 2017. No tempo zero foram excluídos 3 indivíduos devido a suplementação de vitamina D (n=46), nos 3 meses houve 1 óbito, 1 desistência e 2 rejeições ajudas do enxerto (n=43) e aos 6 meses 1 paciente apresentou rejeição aguda do enxerto (n=42). Os indivíduos foram submetidos à avaliação antropométrica, avaliação da exposição solar, análises bioquímicas, incluindo 25-hidroxivitamina D [25(OH)D], e coleta de urina para avaliar a relação albumina: creatinina (RAC) em todos os tempos estudados. A taxa de filtração glomerular (TFG) foi estimada pela equação da Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI). A idade mediana dos indivíduos foi de 44 anos, a maioria do sexo masculino (60,9%; n=28) e a etnia parda (73,9%; n=34). Houve uma predominância de indivíduos com hipovitaminose D nos três tempos estudados. Os indivíduos com status de vitamina D adequado nos 6 meses pós-transplante apresentaram exposição solar significativamente maior em comparação aos indivíduos com hipovitaminose D (p = 0,008). Nos 6 meses pós-transplante, 45,2% dos indivíduos (n = 19) apresentaram hipovitaminose D em todos os momentos e 19,1% (n = 8) desenvolveram hipovitaminose D aos 3 meses, totalizando 27 indivíduos com esse perfil. Desses, 37,0% (n = 10) não apresentaram melhora na TFG. A RAC de indivíduos com hipovitaminose D foi maior aos 6 meses pós-transplante em relação ao grupo com status adequado (p = 0,037) e correlacionada negativamente com o 25(OH)D (r = - 0,358; p = 0,02). O paratormônio (PTH) apresentou uma influência negativa na TFG no tempo zero e correlacionou-se positivamente com a RAC aos 6 meses após o transplante (r = 0,420; p = 0,007). Em conclusao, existe uma alta frequência de hipovitaminose D nos indivíduos até 6 meses após o transplante renal, sendo este status possívelmente relacionado as alterações observadas na função renal do enxerto.São necessários mais estudos que apoiem intervenções, tais como suplementação de vitamina D, a fim de suportar os resultados obtidos para os pacientes neste estágio pós-transplante renal. |
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Lima, Mabelle Alves Ferreira deEvangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de SenaLima, Josivan Gomes deBotelho, Patrícia BorgesRezende, Adriana Augusto de2018-03-19T16:38:35Z2018-03-19T16:38:35Z2017-12-04LIMA, Mabelle Alves Ferreira de. Status de vitamina D e fatores associados em indivíduos submetidos a transplante renal: um estudo longitudinal. 2017. 80f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24914A hipovitaminose D tem sido demonstrada em doentes renais. Nos indivíduos submetidos ao transplante renal, pode causar progressão da albuminúria, aumentando o declínio da função renal e o risco de perda de enxerto. O objetivo do estudo é avaliar o status da vitamina D em indivíduos submetidos ao transplante renal e sua relação com os parâmetros da função renal no tempo zero, 3 meses e 6 meses pós-transplante. Trata-se de um estudo longitudinal desenvolvido com 49 transplantados renais no período de agosto de 2015 a janeiro de 2017. No tempo zero foram excluídos 3 indivíduos devido a suplementação de vitamina D (n=46), nos 3 meses houve 1 óbito, 1 desistência e 2 rejeições ajudas do enxerto (n=43) e aos 6 meses 1 paciente apresentou rejeição aguda do enxerto (n=42). Os indivíduos foram submetidos à avaliação antropométrica, avaliação da exposição solar, análises bioquímicas, incluindo 25-hidroxivitamina D [25(OH)D], e coleta de urina para avaliar a relação albumina: creatinina (RAC) em todos os tempos estudados. A taxa de filtração glomerular (TFG) foi estimada pela equação da Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI). A idade mediana dos indivíduos foi de 44 anos, a maioria do sexo masculino (60,9%; n=28) e a etnia parda (73,9%; n=34). Houve uma predominância de indivíduos com hipovitaminose D nos três tempos estudados. Os indivíduos com status de vitamina D adequado nos 6 meses pós-transplante apresentaram exposição solar significativamente maior em comparação aos indivíduos com hipovitaminose D (p = 0,008). Nos 6 meses pós-transplante, 45,2% dos indivíduos (n = 19) apresentaram hipovitaminose D em todos os momentos e 19,1% (n = 8) desenvolveram hipovitaminose D aos 3 meses, totalizando 27 indivíduos com esse perfil. Desses, 37,0% (n = 10) não apresentaram melhora na TFG. A RAC de indivíduos com hipovitaminose D foi maior aos 6 meses pós-transplante em relação ao grupo com status adequado (p = 0,037) e correlacionada negativamente com o 25(OH)D (r = - 0,358; p = 0,02). O paratormônio (PTH) apresentou uma influência negativa na TFG no tempo zero e correlacionou-se positivamente com a RAC aos 6 meses após o transplante (r = 0,420; p = 0,007). Em conclusao, existe uma alta frequência de hipovitaminose D nos indivíduos até 6 meses após o transplante renal, sendo este status possívelmente relacionado as alterações observadas na função renal do enxerto.São necessários mais estudos que apoiem intervenções, tais como suplementação de vitamina D, a fim de suportar os resultados obtidos para os pacientes neste estágio pós-transplante renal.Hypovitaminosis D has been a frequent finding in renal patients. In kidney transplant recipients, this may cause progression of albuminuria, increasing the decline in renal function and the risk of graft loss. The objective of this study was to evaluate the vitamin D status in kidney transplant recipients and its relation with renal function parameters at time zero, 3 months and 6 months post-transplantation. This is a longitudinal study with 46 kidney transplant recipients from August 2015 to January 2017. At zero time, 3 subjects were excluded due to vitamin D supplementation (n = 46), in 3 months there was 1 death, 1 (n = 43) and at 6 months 1 patient presented acute rejection of the graft (n = 42). The subjects were evaluated using anthropometric evaluation, a sun exposure questionnaire, biochemical evaluation, including 25-hydroxyvitamin D [25(OH)D], and urine collection to evaluate the albumin: creatinine ratio (ACR) at all times studied. The glomerular filtration rate (GFR) was computed by the Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI) equation. The median age of the subjects was 44 years, predominantly males (60.9%; n=28), and with brown ethnicity (73.9%; n=34). Most of the subjects had hypovitaminosis D during the three studied periods. In subjects with adequate Vitamin D status at 6 months post-transplant, the sun exposure was significantly lower. At 6 months post-transplant, 45.2% (n=19) presented with hypovitaminosis D at all times, and 19.1% (n=8) developed hypovitaminosis D at 3 months, totalizing 27 individuals with this profile. Of these, 37.0% (n=37) had no improvement in the GFR. The ACR of subjects with hypovitaminosis D were higher at six months post-transplant (p=0.037). This was negatively correlated with the 25(OH)D (r=- 0.358; p=0.02). The parathyroid hormone (PTH) had a negative influence on GFR at time zero but was positively correlated with ACR at six months post-transplantation (r=0.420; p=0.007). Therefore, there is a high frequency of hypovitaminosis D up to 6 months after renal transplantation, which may be related to greater changes in graft renal function. More studies are needed to support interventions, such as supplementation, in order to obtain better results after renal transplantation.porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAOVitamina DDoença renal crônicaTransplante renalRelação albumina: creatinina urinária; albuminuriaStatus de vitamina D e fatores associados em indivíduos submetidos a transplante renal: um estudo longitudinalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃOUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTMabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.txtMabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain122683https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24914/2/MabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.txt8faa56c52f6f68f22e321c61ff2fe2d0MD52THUMBNAILMabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.jpgMabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2695https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24914/3/MabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.jpgf023ed98cf1dede5dbb8eb725be7af2cMD53TEXTMabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.txtMabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain122683https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24914/2/MabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.txt8faa56c52f6f68f22e321c61ff2fe2d0MD52THUMBNAILMabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.jpgMabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2695https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24914/3/MabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf.jpgf023ed98cf1dede5dbb8eb725be7af2cMD53ORIGINALMabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdfMabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdfapplication/pdf1212689https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24914/1/MabelleAlvesFerreiraDeLima_DISSERT.pdf4411511b065d0fd1efcad391d920d7a2MD51123456789/249142019-01-30 16:39:05.205oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/24914Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-30T19:39:05Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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A hipovitaminose D tem sido demonstrada em doentes renais. Nos indivíduos submetidos ao transplante renal, pode causar progressão da albuminúria, aumentando o declínio da função renal e o risco de perda de enxerto. O objetivo do estudo é avaliar o status da vitamina D em indivíduos submetidos ao transplante renal e sua relação com os parâmetros da função renal no tempo zero, 3 meses e 6 meses pós-transplante. Trata-se de um estudo longitudinal desenvolvido com 49 transplantados renais no período de agosto de 2015 a janeiro de 2017. No tempo zero foram excluídos 3 indivíduos devido a suplementação de vitamina D (n=46), nos 3 meses houve 1 óbito, 1 desistência e 2 rejeições ajudas do enxerto (n=43) e aos 6 meses 1 paciente apresentou rejeição aguda do enxerto (n=42). Os indivíduos foram submetidos à avaliação antropométrica, avaliação da exposição solar, análises bioquímicas, incluindo 25-hidroxivitamina D [25(OH)D], e coleta de urina para avaliar a relação albumina: creatinina (RAC) em todos os tempos estudados. A taxa de filtração glomerular (TFG) foi estimada pela equação da Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI). A idade mediana dos indivíduos foi de 44 anos, a maioria do sexo masculino (60,9%; n=28) e a etnia parda (73,9%; n=34). Houve uma predominância de indivíduos com hipovitaminose D nos três tempos estudados. Os indivíduos com status de vitamina D adequado nos 6 meses pós-transplante apresentaram exposição solar significativamente maior em comparação aos indivíduos com hipovitaminose D (p = 0,008). Nos 6 meses pós-transplante, 45,2% dos indivíduos (n = 19) apresentaram hipovitaminose D em todos os momentos e 19,1% (n = 8) desenvolveram hipovitaminose D aos 3 meses, totalizando 27 indivíduos com esse perfil. Desses, 37,0% (n = 10) não apresentaram melhora na TFG. A RAC de indivíduos com hipovitaminose D foi maior aos 6 meses pós-transplante em relação ao grupo com status adequado (p = 0,037) e correlacionada negativamente com o 25(OH)D (r = - 0,358; p = 0,02). O paratormônio (PTH) apresentou uma influência negativa na TFG no tempo zero e correlacionou-se positivamente com a RAC aos 6 meses após o transplante (r = 0,420; p = 0,007). Em conclusao, existe uma alta frequência de hipovitaminose D nos indivíduos até 6 meses após o transplante renal, sendo este status possívelmente relacionado as alterações observadas na função renal do enxerto.São necessários mais estudos que apoiem intervenções, tais como suplementação de vitamina D, a fim de suportar os resultados obtidos para os pacientes neste estágio pós-transplante renal. |
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