Efeito de polissacarídeos no controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas gardneri) e da podridão negra da couve-flor (Xanthomonas campestris pv. campestris)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luiz, Caroline
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/106927
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2013
id UFSC_2b3b7e0845082bc60ae2fc73a9446f25
oai_identifier_str oai:repositorio.ufsc.br:123456789/106927
network_acronym_str UFSC
network_name_str Repositório Institucional da UFSC
repository_id_str 2373
spelling Efeito de polissacarídeos no controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas gardneri) e da podridão negra da couve-flor (Xanthomonas campestris pv. campestris)Recursos genéticos vegetaisGoma xantanaPolissacarideosBabosa (Planta)Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2013A mancha-bacteriana e a podridão negra são doenças de grande importância em plantações de tomate e couve-flor, respectivamente. A produtividade das plantas atacadas por estas moléstias é comprometida principalmente pela redução da área foliar. A aplicação de polissacarídeos de plantas e microrganismos sobre culturas vegetais pode representar uma eficiente forma de controle alternativo de doenças. Este trabalho objetivou avaliar o efeito da goma xantana (GOMA) e de polissacarídeos extraídos da Xanthomonas gardneri (PX) e do parênquima de reserva da babosa (PB) na proteção de plantas de tomate contra a mancha bacteriana e na proteção de plantas de couve-flor contra a podridão negra. A redução da severidade da mancha bacteriana em plantas de tomate tratadas com PB ou GOMA foi da ordem de 83,80 %. A severidade em tomateiros tratados com PX mostrou-se, em média, 59,1 % menor que a das plantas testemunhas. Em couve-flor, todas as doses de PB testadas foram eficientes no controle da doença, reduzindo em média 69,0 % da severidade em relação à testemunha. A GOMA foi capaz de reduzir a podridão negra apenas nas menores doses, diminuindo aproximadamente 66,4 %. Em média, PX foi capaz de reduzir a severidade da podridão negra em 77,8 % em relação às plantas tratadas com água destilada. A uma temperatura média de 26 oC, no interior de uma casa de vegetação, observou-se que todas as suspensões polissacarídicas testadas foram capazes de controlar a mancha bacteriana do tomateiro quando aplicadas 2 ou 4 dias antes da inoculação com o patógeno. Porém, a 19 oC, PB, GOMA e PX controlaram a doença mesmo quando aplicados em um intervalo de tempo maior (6 dias antes da inoculação). PB e GOMA não promoveram uma redução significativa do crescimento in vitro das colônias de X. gardneri e X. campestris pv. campestris em todas as doses testadas. A maior concentração de PX conferiu uma redução de 56,0 % sobre o crescimento bacteriano de X. gardneri e chegou a diminuir 97,6 % do crescimento da X. campestris pv. campestris em relação à testemunha. PB, GOMA e PX promoveram acúmulo de peróxido de hidrogênio em células foliares de tomateiro, porém o mesmo não foi observado em couve-flor. Sob temperaturas mais elevadas (24,5 oC), observou-se que, 4 dias após a pulverização dos tomateiros, as plantas tratadas com PB, GOMA ou PX apresentavam atividade de peroxidase 3, 4,2 e 4,1 vezes maiores que a da testemunha, respectivamente. No sexto dia, a atividade de peroxidases em plantas tratadas com polissacarídeos manteve a mesma tendência. Resultados semelhantes foram observados neste mesmo período em tomateiros tratados com ASM. A atividade de polifenoloxidases foi aumentada apenas nos vegetais pulverizados com PB e ASM. Além da atividade de peroxidases e polifenoloxidases, também foi avaliado o acúmulo de compostos fenólicos totais e flavonóides em folhas de tomateiro tratadas com diferentes polissacarídeos e inoculadas 4 dias após a pulverização dos mesmos, sob uma temperatura média de 24,5 oC. As suspensões polissacarídicas não influenciaram no conteúdo de compostos fenólicos totais em folhas de tomateiro. Porém, foi evidenciado um aumento sutil no teor de flavonóides em plantas tratadas com PB após a inoculação do patógeno. Além do aumento da atividade enzimática ser evidenciado em tomateiros cultivados sob altas temperaturas, também observou-se um incremento da atividade de enzimas (peroxidases, polifenoloxidases e FAL) em plantas cultivadas em casa de vegetação, sob uma temperatura média de 19,2 oC, e tratadas com PB, GOMA ou PX. Em couve-flor pulverizada com os polissacarídeos não foi observada uma alteração da atividade de polifenoloxidases. Contudo, verificou-se que após 2 e 4 dias da aplicação dos tratamentos, a GOMA e PX elevaram significativamente a atividade de peroxidases. Os resultados do presente estudo mostram a capacidade de PB, GOMA e PX em ativar mecanismos de defesa do tomateiro e da couve-flor e, consequentemente, de controlar doenças como a mancha bacteriana e a podridão negra. <br>The bacterial spot and black rot are diseases of major importance in tomato and cauliflower crops, respectively. The productivity of plants infected by these diseases is affected especially by reduced leaf area. The application of plant polysaccharides and microorganisms on crops may represent an efficient way of controlling these diseases. This study evaluated the effect of xanthan gum (GOMA) and polysaccharides extracted from Xanthomonas gardneri (PX) and from aloe reserve parenchyma (PB) to protect the tomato plant against bacterial spot as well as the cauliflower against the black rot. The reduction of bacterial spot severity in the tomato plants treated with PB or GOMA was around 83.80 % and when treated with PX was, on average, 59.1 % lower than the control plant. In cauliflower, all the tested PB's doses were effective in disease control, reducing, on average, 69.0 % of severity compared to the control plants. The GOMA reduced the black rot only at lower doses, decreasing approximately 66.4 %. On average, doses of PX, reduced the severity of black rot in 77.8 % compared to plants treated with water. At a temperature of 26 oC, it was observed that all the tested polysaccharide suspensions were able to control the bacterial spot of tomato plants when applied 2 or 4 days before inoculation with the pathogen. However, at 19 ºC, PB, GOMA and PX controlled the disease even when applied in a longer interval (6 days prior to inoculation). PB and GOMA did not provoke a significant growing reduction of in vitrocolonies of X. gardneri and X. campestris pv. campestris in all tested doses. A higher PX concentration reduced 56.0 % of X. gardneri and decreased 97.6 % of X. campestris pv. campestris bacterial growth in relation to the control. PB, PX and GOMA promoted accumulation of hydrogen peroxide in tomato leaf cells, but the same was not observed in cauliflower. Under higher temperature (24.5 °C), it was observed that, 4 days after the application on tomato plants, those treated with PB, PX or GOMA showed peroxidase activity 3, 4.2 and 4.1 times higher than the control plant, respectively. On the sixth day, the peroxidase activity in plants treated with polysaccharides kept the same tendency. Similar results were observed at the same period in plants treated with ASM. The activity of polyphenol oxidases was increased only in plants sprayed with PB and ASM. It was also evaluated the accumulation of total phenolic compounds and flavonoids in tomato leaves treated with different polysaccharides and inoculated 4 days after spraying under an average temperature of 24.5oC. The polysaccharide suspensions did not influence the content of total phenolic compounds in tomato leaves, however, it was observed a slight increase in flavonoid content in plants treated with PB after pathogen inoculation. Besides the increase of enzyme activity was evidenced in tomato plant grown under high temperatures it was also observed an increase in the activity of enzymes (peroxidases, polyphenol oxidases and FAL) in plants grown in a greenhouse under an average temperature of 19.2 °C and treated with PB, GOMA or PX. In cauliflower plants sprayed with the polysaccharides it was not observed any change in the activity of polyphenol oxidases, however, it was verified that 2 and 4 days after application of treatments, GOMA and PX, the activity of peroxidases increased significantly. The results of the present study demonstrate the capacity of PB, GOMA and PX in activating latent defense mechanisms of tomato and cauliflower plants to control diseases such as black rot and bacterial spot.Di Piero, Robson MarceloUniversidade Federal de Santa CatarinaLuiz, Caroline2013-12-05T22:45:28Z2013-12-05T22:45:28Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis145 p.| il., grafs., tabs.application/pdf317575https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/106927porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2013-12-08T02:04:10Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/106927Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732013-12-08T02:04:10Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeito de polissacarídeos no controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas gardneri) e da podridão negra da couve-flor (Xanthomonas campestris pv. campestris)
title Efeito de polissacarídeos no controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas gardneri) e da podridão negra da couve-flor (Xanthomonas campestris pv. campestris)
spellingShingle Efeito de polissacarídeos no controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas gardneri) e da podridão negra da couve-flor (Xanthomonas campestris pv. campestris)
Luiz, Caroline
Recursos genéticos vegetais
Goma xantana
Polissacarideos
Babosa (Planta)
title_short Efeito de polissacarídeos no controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas gardneri) e da podridão negra da couve-flor (Xanthomonas campestris pv. campestris)
title_full Efeito de polissacarídeos no controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas gardneri) e da podridão negra da couve-flor (Xanthomonas campestris pv. campestris)
title_fullStr Efeito de polissacarídeos no controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas gardneri) e da podridão negra da couve-flor (Xanthomonas campestris pv. campestris)
title_full_unstemmed Efeito de polissacarídeos no controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas gardneri) e da podridão negra da couve-flor (Xanthomonas campestris pv. campestris)
title_sort Efeito de polissacarídeos no controle da mancha bacteriana do tomateiro (Xanthomonas gardneri) e da podridão negra da couve-flor (Xanthomonas campestris pv. campestris)
author Luiz, Caroline
author_facet Luiz, Caroline
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Di Piero, Robson Marcelo
Universidade Federal de Santa Catarina
dc.contributor.author.fl_str_mv Luiz, Caroline
dc.subject.por.fl_str_mv Recursos genéticos vegetais
Goma xantana
Polissacarideos
Babosa (Planta)
topic Recursos genéticos vegetais
Goma xantana
Polissacarideos
Babosa (Planta)
description Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2013
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-12-05T22:45:28Z
2013-12-05T22:45:28Z
2013
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv 317575
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/106927
identifier_str_mv 317575
url https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/106927
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 145 p.| il., grafs., tabs.
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFSC
instname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron:UFSC
instname_str Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
instacron_str UFSC
institution UFSC
reponame_str Repositório Institucional da UFSC
collection Repositório Institucional da UFSC
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808651915968380928