O lugar do professor na sala de aula: desafios contemporâneos para um sujeito de um suposto saber
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/5042 |
Resumo: | Por que os alunos têm dificuldade para aprender? Por que os professores estão queixosos e insatisfeitos com o trabalho que realizam? Qual a função do professor na sala de aula: professar o saber, ou instigar os alunos a pensar/refletir? São essas questões que direta ou indiretamente balizam esta pesquisa, que busca fazer uma análise, com base nos preceitos psicanalíticos, de díades como professor/aluno, ensino/aprendizagem, na tentativa de compreender as fragilidades inerentes ao processo educacional. Os materiais e métodos utilizados incluem observações empíricas a nível de campo, com alunos e professores, e também o uso de material bibliográfico com estudos realizados por autores pertencentes aos campos da psicanálise, psicologia, neurociências e filosofia. Num primeiro momento a questão é abordada sob um viés epistemológico, no intuito de esclarecer a diferença existente entre a aquisição do conhecimento e a elaboração de um saber. Pressupõe-se, aqui, que o ato de educar não pode ser visto apenas como uma forma de transmitir o conhecimento, considerando que a aprendizagem não se inicia pela apreensão de conceitos, mas pelas inquietações do concreto da história. É preciso que o professor desperte o interesse do aluno pelo saber, instigando-o a desejar, a querer aprender. O segundo capítulo, por sua vez, se ocupa com a explanação sobre o que faz o ser humano se movimentar – desejar alguma coisa, isto é, quais motivos o levam à ação. Tal discussão nos conduz a conceitos como motivação e autorrealização e de suas implicações tanto para o ensino quanto para a aprendizagem. Considerando que a aprendizagem também depende da memória, olha-se para a questão do ensino e aprendizagem numa perspectiva neurocientífica, a partir da qual se pode inferir que o saber humano, embora seja considerado como edificado pela razão, não está isento da influência das emoções. Conclui-se, assim, de acordo com as neurociências, que o ser humano coordena suas ações e aprende a partir de duas formas de percepção: a emocional, – que sente – e a racional – que compreende, analisa. Logo, a aprendizagem não pode ser considerada algo que acontece porque o professor ensinou alguma coisa, mas porque o aluno desejou aprender. Desse modo, o texto é encaminhado para sua última parte pontuando o abismo que existe entre o ensinar e o aprender, no intuito de desconstruir a imagem de que o educador é alguém que ensina. Nenhum professor alimenta seus alunos com conhecimentos, mas com o seu próprio desejo de saber, o que em última instância é tudo que ele, como educador, tem de fato para oferecer – o seu desejo pelo saber. |
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