“Um aluno a incluir é um aluno por salvar”: Reconhecimento, responsabilidade e amor na inclusão do deficiente intelectual
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIJUI |
Texto Completo: | http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6104 |
Resumo: | A presente dissertação estuda a inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual e o compromisso docente nesse processo. Questiona a efetividade desse movimento a partir do entendimento de que a escola, na perspectiva inclusiva, dirige-se para todos e que todos têm direito à educação. Um direito assegurado tanto pelo princípio da igualdade, enquanto direito ao saber de uma tradição historicamente constituída e que conduz os sujeitos humanos à autonomia e à liberdade, quanto pelo princípio da diferença, enquanto propõe a atenção às singularidades como forma de garantir o atendimento às necessidades educativas em contexto escolar. A pesquisa inicia contextualizando o processo de exclusão, abandono e sofrimento vivido pelos sujeitos com deficiência por longos anos, até à sua aceitação social e reconhecimento ao direito educativo legados pelo ideal de universalidade moderna, embora sem conseguir dar conta da insuficiência nas respostas destes sujeitos aos padrões de desenvolvimento esperado, conduzindo-os a uma nova exclusão pelo seu encaminhamento à instituições de tratamento e reabilitação. Somente, mais tarde, é que diretrizes voltadas ao respeito, reconhecimento e consideração das diferenças dos sujeitos nos espaços escolares passaram a vigorar e a proposta de educação inclusiva começou a ganhar efetividade, ainda que com algumas contradições. Na sequência, são analisadas tais contradições emergentes do conflito entre as normativas legais, os limites intelectivos dos alunos e a atual estrutura curricular, que passou a revelar que a educação inclusiva vai muito além do cumprimento formal de determinações legais ou um atendimento especializado de profissionais competentes. Segundo a problematização desenvolvida no último capítulo, foi possível perceber que a possibilidade de uma educação inclusiva escolar requer o entendimento de que as diferenças entre os sujeitos não podem ser impeditivas do direito de aprender junto e que o lugar ocupado pelo conhecimento científico seja relativizado. Em síntese, tem a ver, antes de tudo, com uma questão ética fundamental que sustenta a ação pedagógica, não apenas porque o seu compromisso se volta à formação integral da pessoa e à sua condução e inserção no mundo social e cultural, mas, sobretudo, porque envolve reconhecimento, responsabilidade e amor na relação educativa. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis“Um aluno a incluir é um aluno por salvar”: Reconhecimento, responsabilidade e amor na inclusão do deficiente intelectual2019-08-0720182019-08-07T17:26:35Z2019-08-07T17:26:35ZA presente dissertação estuda a inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual e o compromisso docente nesse processo. Questiona a efetividade desse movimento a partir do entendimento de que a escola, na perspectiva inclusiva, dirige-se para todos e que todos têm direito à educação. Um direito assegurado tanto pelo princípio da igualdade, enquanto direito ao saber de uma tradição historicamente constituída e que conduz os sujeitos humanos à autonomia e à liberdade, quanto pelo princípio da diferença, enquanto propõe a atenção às singularidades como forma de garantir o atendimento às necessidades educativas em contexto escolar. A pesquisa inicia contextualizando o processo de exclusão, abandono e sofrimento vivido pelos sujeitos com deficiência por longos anos, até à sua aceitação social e reconhecimento ao direito educativo legados pelo ideal de universalidade moderna, embora sem conseguir dar conta da insuficiência nas respostas destes sujeitos aos padrões de desenvolvimento esperado, conduzindo-os a uma nova exclusão pelo seu encaminhamento à instituições de tratamento e reabilitação. Somente, mais tarde, é que diretrizes voltadas ao respeito, reconhecimento e consideração das diferenças dos sujeitos nos espaços escolares passaram a vigorar e a proposta de educação inclusiva começou a ganhar efetividade, ainda que com algumas contradições. Na sequência, são analisadas tais contradições emergentes do conflito entre as normativas legais, os limites intelectivos dos alunos e a atual estrutura curricular, que passou a revelar que a educação inclusiva vai muito além do cumprimento formal de determinações legais ou um atendimento especializado de profissionais competentes. Segundo a problematização desenvolvida no último capítulo, foi possível perceber que a possibilidade de uma educação inclusiva escolar requer o entendimento de que as diferenças entre os sujeitos não podem ser impeditivas do direito de aprender junto e que o lugar ocupado pelo conhecimento científico seja relativizado. Em síntese, tem a ver, antes de tudo, com uma questão ética fundamental que sustenta a ação pedagógica, não apenas porque o seu compromisso se volta à formação integral da pessoa e à sua condução e inserção no mundo social e cultural, mas, sobretudo, porque envolve reconhecimento, responsabilidade e amor na relação educativa.99 f.Educação nas CiênciasInclusão EscolarDeficiência IntelectualÉticaFormaçãohttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6104DMD_hdl_123456789/6104Tamiozzo, Cecilia Inêsporreponame:Repositório Institucional da UNIJUIinstname:Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sulinstacron:UNIJUIinfo:eu-repo/semantics/openAccessCec%c3%adlia%20In%c3%aas%20Tamiozzo.pdfhttp://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/6104/1/Cec%c3%adlia%20In%c3%aas%20Tamiozzo.pdfapplication/pdf996685http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/123456789/6104/1/Cec%c3%adlia%20In%c3%aas%20Tamiozzo.pdfde33b24372a8a526063d78e45d6c2b28MD5123456789_6104_12019-08-10T06:47:16Zmail@mail.com - |
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A presente dissertação estuda a inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual e o compromisso docente nesse processo. Questiona a efetividade desse movimento a partir do entendimento de que a escola, na perspectiva inclusiva, dirige-se para todos e que todos têm direito à educação. Um direito assegurado tanto pelo princípio da igualdade, enquanto direito ao saber de uma tradição historicamente constituída e que conduz os sujeitos humanos à autonomia e à liberdade, quanto pelo princípio da diferença, enquanto propõe a atenção às singularidades como forma de garantir o atendimento às necessidades educativas em contexto escolar. A pesquisa inicia contextualizando o processo de exclusão, abandono e sofrimento vivido pelos sujeitos com deficiência por longos anos, até à sua aceitação social e reconhecimento ao direito educativo legados pelo ideal de universalidade moderna, embora sem conseguir dar conta da insuficiência nas respostas destes sujeitos aos padrões de desenvolvimento esperado, conduzindo-os a uma nova exclusão pelo seu encaminhamento à instituições de tratamento e reabilitação. Somente, mais tarde, é que diretrizes voltadas ao respeito, reconhecimento e consideração das diferenças dos sujeitos nos espaços escolares passaram a vigorar e a proposta de educação inclusiva começou a ganhar efetividade, ainda que com algumas contradições. Na sequência, são analisadas tais contradições emergentes do conflito entre as normativas legais, os limites intelectivos dos alunos e a atual estrutura curricular, que passou a revelar que a educação inclusiva vai muito além do cumprimento formal de determinações legais ou um atendimento especializado de profissionais competentes. Segundo a problematização desenvolvida no último capítulo, foi possível perceber que a possibilidade de uma educação inclusiva escolar requer o entendimento de que as diferenças entre os sujeitos não podem ser impeditivas do direito de aprender junto e que o lugar ocupado pelo conhecimento científico seja relativizado. Em síntese, tem a ver, antes de tudo, com uma questão ética fundamental que sustenta a ação pedagógica, não apenas porque o seu compromisso se volta à formação integral da pessoa e à sua condução e inserção no mundo social e cultural, mas, sobretudo, porque envolve reconhecimento, responsabilidade e amor na relação educativa. |
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