PCN e BNCC: singularidades, sincronicidades e implicações no ensino de física

• Autor(a) principal: Teixeira, Eduardo Petroncari
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/251638
• topic: Currículo; Ensino de física; PCN; BNCC; Curriculum; Physics teaching

O estudo do currículo se configura como um campo complexo e multifacetado cujo processo histórico de desenvolvimento remonta aos tempos antigos, simultaneamente influenciando e sendo influenciado por sistemas socioeconômicos, culturais, políticos e educacionais, consolidando o currículo, para além de concepções técnicas e estáticas, como uma práxis que expressa a função social e cultural da educação. Este trabalho tem como objetivo traçar um percurso acerca do currículo, do Ensino de Física e das propostas curriculares brasileiras das últimas três décadas, realizando uma análise documental das publicações oficiais dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), das Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+) e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apropriando-se metodologicamente da Análise de Conteúdo de Bardin (1977) na identificação e categorização das unidades de texto dos documentos, comparando e discutindo como as singularidades e sincronicidades quanto às suas organizações em áreas do conhecimento, concepções e questões acerca do currículo, Física e processo de ensino aprendizagem podem impactar o Ensino de Física no Ensino Médio. Observou-se diferenças substanciais entre a forma de organização e oferta do Ensino Médio nas duas propostas, com destaque para mudanças promovidas pela BNCC como o rompimento da centralidade disciplinar e para a obrigatoriedade exclusiva de somente Português e Matemática no decorrer de toda a etapa da educação média, bem como seu encaminhamento insatisfatório quanto à oferta e orientações de aplicabilidade das mudanças propostas. Tais fatores, somados à carência de discussões da nova proposta curricular acerca da Física e seu ensino, podem impactar negativamente no Ensino de Física, resultando no aumento da sua evasão e da perda de identidade curricular, reforçando problemas já existentes como o desinteresse dos alunos frente a um Ensino de Física descontextualizado, excessivamente matematizado e pautado na memorização mecânica voltada para a testagem, conforme discutido no texto que se apresenta.