Ensino de ciências por investigação nos anos iniciais do ensino fundamental
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/publicacao.asp?codTrabalho=OTY0OQ== http://hdl.handle.net/11449/146830 |
Resumo: | Introdução: No Ensino de Ciências por Investigação (ENCI) os temas devem ser problematizados possibilitando o desenvolvimento, entre outras habilidades discentes: interpretação de dados, formulação de hipóteses, manipulação de artefatos e construção de materiais, a busca coletiva pela solução de um problema, a organização, registro sistematizado dos dados e a elaboração de conclusões provisórias acerca dos fenômenos. A literatura sustenta que professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental têm, de modo geral, pouco domínio conceitual científico e caracterizam-se em meros transmissores de conteúdos dos livros didáticos. Mascarando, assim, o verdadeiro potencial das aulas neste nível de ensino. Objetivos: Caracterizar as ações dos professores durante a condução de atividades de ensino de temas de Ciências Naturais; Implementar unidades didáticas condizentes com o ENCI. Métodos: Foi investigada a prática educativa de três professoras de um município do interior paulista em aulas de ciências naturais. Assim, numa primeira etapa, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com as docentes, estudo do material didático, participação em atividades de horários de trabalho pedagógico coletivo e elaboração de registros escritos de dois conjuntos de aulas tipicamente ministradas pelas docentes. Numa segunda etapa, os alunos bolsistas PROEX, o pesquisador e as docentes elaborarão duas unidades em ciências naturais de acordo com o ENCI, a qual será ministrada pela própria docente a sua turma. Resultados: Como os trabalhos estão em andamento, os resultados são ainda preliminares e trazem dados da professora P1, entretanto pode-se afirmar que as três professoras mantém o livro didático como principal eixo norteador do ensino de ciências em sala de aula. A professora P1 é pedagoga, tem 46 anos de idade, está há vinte e três anos no magistério e faz três anos que leciona na escola atual. A docente acredita que teve uma boa base na didática em sua formação inicial no curso de pedagogia: P1: "[...] Em relação a conteúdo, eu tenho que me adequar ao que vem no livro didático" P1 alega estar parcialmente satisfeita com o desempenho dos alunos. A turma é um 4.º ano: "É difícil despertar o interesse deles. Hoje em dia a clientela não vem tão pronta como antigamente. [...] todos bem alfabetizados. [...] o principal, para nós, é a alfabetização... [...] E isso me chateia, porque eu não posso menosprezar a inteligência do meu aluno. Ou tentar dar uma -sapecada' [aligeirada] na lição. E a gente acaba fazendo isso. Infelizmente é o que acaba acontecendo. [...] A gente corre o risco, o tempo todo, de estar vivendo um blefe com ele [o livro-texto]. Será que eu estou atingindo, acertando? Será que o quê eu falei o correto? Não sei, mas eu tenho que dar minha aula". |
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