A colaboração entre professoras para o ensino de matemática em sala de aula com estudante autista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/204681 |
Resumo: | A partir da formulação de políticas públicas como a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e demais documentos que garantem o direito à inclusão, houve um aumento no número de estudantes com deficiência em instituições escolares regulares. A inserção dos estudantes também resulta da luta de movimentos sociais que buscam uma participação das pessoas com deficiência em ambientes nos quais já foram marginalizados. Diante o movimento de inserção, surgem questões acerca de como possibilitar que o ambiente educacional seja inclusivo. Nesse sentido, a pesquisa teve como objetivo investigar potencialidades que as práticas colaborativas entre professores representam para o ensino da matemática de forma inclusiva. Para isso, foi realizado um estudo de caso, onde a pesquisadora permaneceu durante um ano letivo em uma escola regular, acompanhando o trabalho desenvolvido entre duas professoras: uma professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE) que atuava na unidade escolar, e uma professora de turma do 3º ano dos anos iniciais do ensino fundamental. Na referida turma havia dois estudantes autistas, e um era atendido pela professora de AEE participante da pesquisa. As observações foram realizadas nos atendimentos de AEE com o estudante, nas aulas de matemática em sala, e nas conversas entre as professoras sobre o planejamento de aulas e atividades. Os dados são compostos pelas observações da pesquisadora, e por uma entrevista semiestruturada realizada com a professora de AEE.A análise foi feita tomando como base a teoria sobre ensino colaborativo, na qual são indicados oito elementos característicos às relações entre professores baseada na colaboração. A partir dos dados, mostrou-se como alguns dos oito elementos se apresentaram na relação entre as duas professoras. Ainda, os dados indicaram que durante os encontros aconteceram situações de exclusão que atingiram os estudantes autistas. Algumas das situações foram relacionadas ao conceito de microexclusão. Para pensar sobre exclusões em contextos considerados inclusivos também foram apresentados conceitos como deficencialismo e capacitismo. Quanto à relação entre as professoras, as práticas colaborativas restringiram-se à poucos encontros por todo o ano letivo, e para que a colaboração seja possível questões que envolvem a cultura escolar, formação, organização dos espaços e horários de trabalho devem ser consideradas. Mesmo diante os desafios, as práticas colaborativas entre professores podem ser consideradas como um dos caminhos a serem percorridos no contexto de uma educação que busca ser inclusiva. |
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A colaboração entre professoras para o ensino de matemática em sala de aula com estudante autistaCollaboration between teachers for teaching mathematics in a classroom with autistic studentPráticas colaborativasEducação matemática e inclusãoEstudantes autistasAnos iniciais do ensino fundamentalMicroexclusãoCollaborative practicesMathematical education and inclusionAutistic studentsMicroexclusionA partir da formulação de políticas públicas como a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e demais documentos que garantem o direito à inclusão, houve um aumento no número de estudantes com deficiência em instituições escolares regulares. A inserção dos estudantes também resulta da luta de movimentos sociais que buscam uma participação das pessoas com deficiência em ambientes nos quais já foram marginalizados. Diante o movimento de inserção, surgem questões acerca de como possibilitar que o ambiente educacional seja inclusivo. Nesse sentido, a pesquisa teve como objetivo investigar potencialidades que as práticas colaborativas entre professores representam para o ensino da matemática de forma inclusiva. Para isso, foi realizado um estudo de caso, onde a pesquisadora permaneceu durante um ano letivo em uma escola regular, acompanhando o trabalho desenvolvido entre duas professoras: uma professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE) que atuava na unidade escolar, e uma professora de turma do 3º ano dos anos iniciais do ensino fundamental. Na referida turma havia dois estudantes autistas, e um era atendido pela professora de AEE participante da pesquisa. As observações foram realizadas nos atendimentos de AEE com o estudante, nas aulas de matemática em sala, e nas conversas entre as professoras sobre o planejamento de aulas e atividades. Os dados são compostos pelas observações da pesquisadora, e por uma entrevista semiestruturada realizada com a professora de AEE.A análise foi feita tomando como base a teoria sobre ensino colaborativo, na qual são indicados oito elementos característicos às relações entre professores baseada na colaboração. A partir dos dados, mostrou-se como alguns dos oito elementos se apresentaram na relação entre as duas professoras. Ainda, os dados indicaram que durante os encontros aconteceram situações de exclusão que atingiram os estudantes autistas. Algumas das situações foram relacionadas ao conceito de microexclusão. Para pensar sobre exclusões em contextos considerados inclusivos também foram apresentados conceitos como deficencialismo e capacitismo. Quanto à relação entre as professoras, as práticas colaborativas restringiram-se à poucos encontros por todo o ano letivo, e para que a colaboração seja possível questões que envolvem a cultura escolar, formação, organização dos espaços e horários de trabalho devem ser consideradas. Mesmo diante os desafios, as práticas colaborativas entre professores podem ser consideradas como um dos caminhos a serem percorridos no contexto de uma educação que busca ser inclusiva.From the formulation of public policies such as the National Policy on Special Education in the Perspective of Inclusive Education and other documents that guarantee the right to inclusion, there was an increase in the number of students with disabilities in regular school institutions. The insertion of students also results from the struggle of social movements that seek the participation of people with disabilities in environments in which they have already been marginalized. In view of the insertion movement, questions arise about how to organize the educational environment in order it become inclusive. In this sense, the research aimed to investigate the potential that collaborative practices among teachers represent for the teaching of mathematics in an inclusive way. For this, a case study was carried out, where the researcher stayed for one academic year in a regular school, following the work developed between two teachers: an Specialised Educational Assistance (SEA) teacher who worked in the school unit, and a third grade class teacher of the students of regular school. In that class there were two autistic students, and one was attended by the SEA teacher participating in the research. The observations were made during the SEA sessions with the student, in the mathematics classes in the classroom, and in the conversations between the teachers during the conversation between the teachers on the activities plans. The data are composed by the researcher's observations, and by a semi-structured interview conducted with the SEA teacher. The analysis was made based on the theory of collaborative teaching, in which eight elements characteristic of the relationship between teachers based on collaboration. From the data, it was shown how some of the eight elements appeared in the relationship between the two teachers. Furthermore, the data indicated that situations of exclusion occurred during the meetings, which affected autistic students. Some of the situations were related to the concept of microexclusion. To think about exclusions in contexts considered inclusive, concepts such as deficencialism and capacitism were also presented. As for the relationship between teachers, collaborative practices were restricted to a few meetings throughout the school year, and for collaboration to be possible, issues involving school culture, training, organization of spaces and work schedules should be considered. Even in the face of challenges, collaborative practices among teachers can be considered as one of the paths to be taken in the context of an education that seeks to be inclusive.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Penteado, Miriam Godoy [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ferro, Ana [UNESP]2021-05-17T12:50:34Z2021-05-17T12:50:34Z2021-04-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/20468133004137031P7porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-20T06:17:01Zoai:repositorio.unesp.br:11449/204681Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:16:09.873094Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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