A formatação da prova afeta o desempenho dos estudantes? Evidências do Enem (2016)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barichello, Leonardo
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Guimarães, Rita Santos, Figueiredo Filho, Dalson Britto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Educação e Pesquisa
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/204526
Resumo: Este artigo analisa o impacto da posição em que as questões são apresentadas sobre o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Brasil em 2016. A partir de uma amostra de 4.427.790 casos, calculamos o índice de acerto por questão para os diferentes cadernos de prova da área de Matemática e suas Tecnologias. Os resultados indicam a presença do efeito fadiga na prova do Enem 2016, ou seja, a ordem de apresentação das questões afeta a proporção de respostas corretas, que diminui à medida que o item é apresentado mais próximo do final da prova. As evidências exploratórias também sugerem que o efeito fadiga se manifesta tanto em estudantes de baixo quanto de alto desempenho. Por exemplo, a posição do item reduziu o índice de acerto em até 18 pontos percentuais, controlando pelo nível de desempenho. Este artigo faz a primeira avaliação empírica do efeito fadiga no Enem e os resultados representam uma contribuição para a literatura sobre influências não cognitivas em avaliação e são úteis para fundamentar estudos mais sistemáticos sobre o impacto do efeito fadiga em testes padronizados de larga escala, inclusive para além do caso específico analisado. Ao final, sugerimos medidas que podem mitigar esse efeito no Enem.
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spelling A formatação da prova afeta o desempenho dos estudantes? Evidências do Enem (2016)Does the structure of the test affect the performance of students? Evidences from the Enem (2016)Efeito fadigaTestes padronizadosEnemMicrodadosDesempenho educacionalFatigue effectStandardized testsEnemMicrodataEducational performanceEste artigo analisa o impacto da posição em que as questões são apresentadas sobre o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Brasil em 2016. A partir de uma amostra de 4.427.790 casos, calculamos o índice de acerto por questão para os diferentes cadernos de prova da área de Matemática e suas Tecnologias. Os resultados indicam a presença do efeito fadiga na prova do Enem 2016, ou seja, a ordem de apresentação das questões afeta a proporção de respostas corretas, que diminui à medida que o item é apresentado mais próximo do final da prova. As evidências exploratórias também sugerem que o efeito fadiga se manifesta tanto em estudantes de baixo quanto de alto desempenho. Por exemplo, a posição do item reduziu o índice de acerto em até 18 pontos percentuais, controlando pelo nível de desempenho. Este artigo faz a primeira avaliação empírica do efeito fadiga no Enem e os resultados representam uma contribuição para a literatura sobre influências não cognitivas em avaliação e são úteis para fundamentar estudos mais sistemáticos sobre o impacto do efeito fadiga em testes padronizados de larga escala, inclusive para além do caso específico analisado. Ao final, sugerimos medidas que podem mitigar esse efeito no Enem.This paper analyzes the impact of the position of questions on students’ performance on the National Secondary Education Examination (Enem) in 2016. From a sample of 4,427,790 cases, we calculated the hit rate per question for the different workbooks in the Mathematics and its Technologies test. The results indicate presence of the fatigue effect on the 2016 Enem, that is, the order in which the questions are presented affects the proportion of correct answers, which is diminished as an item is presented closer to the end of the test. The exploratory evidence also suggests that the fatigue effect is manifested in students of both low and high performance. For example, the position of an item reduced the hit rate up to 18%, controlling for performance level. This paper conducts the first empirical evaluation of the fatigue effect during the Enem. The results contribute to the literature on the non-cognitive influences in evaluation, being useful to substantiate more systematic studies on the fatigue effect’s impact on large-scale standardized tests, beyond the case analyzed. At the end, we suggest measures that can mitigate this effect during the Enem.Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação2022-11-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/20452610.1590/S1678-4634202248241713porEducação e Pesquisa; v. 48 n. contínuo (2022): Educação e Pesquisa; e241713Educação e Pesquisa; Vol. 48 No. contínuo (2022): Educação e Pesquisa; e241713Educação e Pesquisa; Vol. 48 Núm. contínuo (2022): Educação e Pesquisa; e2417131678-46341517-9702reponame:Educação e Pesquisainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/204526/188124https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/204526/188126https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/204526/188125Copyright (c) 2022 Educação e Pesquisahttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessBarichello, Leonardo Guimarães, Rita Santos Figueiredo Filho, Dalson Britto 2022-11-16T23:06:47Zoai:revistas.usp.br:article/204526Revistahttps://www.revistas.usp.br/ep/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/ep/oai||revedu@usp.br1678-46341517-9702opendoar:2022-11-16T23:06:47Educação e Pesquisa - Universidade de São Paulo (USP)false
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