MENINO 111 DO SOLO A(O)FRONTE: Dançovivências em um Estado que extermina a juventude negra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vilaça, Aline Serzedello Neves
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-01042024-114938/
Resumo: Diante das estatísticas com relação às mortes violentas, mortes por arma de fogo e homicídios ocorridos anualmente no Brasil e, cientes de que a juventude negra é o grande alvo de tamanha violência (IPEA, 2023). A presente tese pergunta: Como artistas negras, negros e negres respondem ao genocídio da juventude negra? Conduzidas pela performance Menino 111 (VILAÇA, 2016) dançando por suas cenas e sua estética jazzísta, relacionando-a com trechos de espetáculos, textos dramatúrgicos, imagens, poemas, músicas e descrições de coreografias de outras(es) autoras(es) e/ou intérpretes-criadoras(es), é percorrendo cada Cena (capítulo), Movimento (subcapítulo) da tese que são problematizados subtemas como: escravização, colonização, direitos humanos, dignidade humana e liberdade, envolvendo, transversalizando e revelando os passos para percorrer tal questão. Através de Encontros est-éticos (entrevistas), áudio-partilhas com artistas, pesquisa audiovisual e bibliográfica, além de visitas de campo são levantados dados que associados aos conceitos de antinegritude (VARGAS, 2017), escrevivência (EVARISTO, 2023), oralitura (MARTINS, 2022), necropolítica (MBEMBE, 2011), antropologia ultrajada (ROCHA, 2015), feminismo negro (hooks, 2009), performance etnográfica (JONES, 2009), são entrelaçados com as produções estéticas negrorreferenciadas investigadas, visando forjar as noções de dançovivências e corporalituras como agregadoras dos esforços epistemológicos, metodológicos e ontológicos no campo das Artes Cênicas protagonizados por negros, negras e negres em marcha, luta e front contra a morte física e simbólica. Por fim, em todo percurso da tese reverencia-se o contínuo tempo-espaço de aprendizagem constituído pelos plurais Movimentos de Mulheres Negras, Movimentos Negros e Artivismos Negros.
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