Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Thiago das Chagas
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52531
Resumo: Infecções pelo vírus influenza A (FluAV) têm grande importância para a saúde pública mundial, principalmente pelos subtipos A(H1N1)pdm09 e o A(H3N2), que causam epidemias anuais e pandemias esporádicas. Além da vacinação, o uso de fármacos antivirais é essencial para o controle destes patógenos. Atualmente, a classe dos inibidores de neuraminidase (NAIs) é a mais utilizada, sendo o fármaco oseltamivir (OST) o mais relevante. Mais recentemente, o fármaco baloxavir marboxil (BXM), da classe de inibidores de polimerase, foi licenciado em alguns países. Porém, devido à constante evolução dos genomas dos FluAVs, mutações nos genes que codificam as proteínas alvos dos antivirais podem levar à resistência ao tratamento. Este fenômeno foi previamente observado para a classe dos fármacos adamantanos, com disseminação de cepas com o marcador S31N no gene M2. Sendo assim, a vigilância de cepas carreando mutações associadas à redução da susceptibilidade (RS) aos NAIs deve ser realizada regularmente. Com relação ao BXM, também já foram relatadas mutações associadas à RS no gene da polimerase ácida (PA). Desta forma, esse estudo tem o objetivo de avaliar os FluAVs circulantes no Brasil, no período de 2017 a 2020, com relação a sua susceptibilidade aos principais antivirais, através de metodologias de sequenciamento genético e análises funcionais dos isolados virais com o OST. Para tal, foram analisadas 1020 amostras positivas para FluAV, oriundas de 9 estados do Brasil. Destas, 699 foram positivas para A(H1N1)pdm09 e 321 para A(H3N2). Analisamos 65,9% das amostras de A(H1N1)pdmp09 através de triagem do alvo mais frequente (H275Y na NA), por pirossequenciamento, detectando-se uma amostra com esta substituição Em seguida, através do sequenciamento completo dos genes alvo dos fármacos (NA, PA e M2), geramos 390 sequências do gene NA, 209 do gene M2 e 182 do gene PA. Assim, detectaram-se as seguintes substituições associadas à RS ao antivirais no gene NA: I222V (n=6), V149A (n=3), N329K (n=1), Q136k (n=1), Y155H (n=1) e Y155H/V149A (n=4). No gene M2, detectamos a alteração S31N (n=208) e, no gene PA, observamos a substituição E199D (n=1). Adicionalmente, foram obtidas sequências genéticas de FluAVs no banco de sequências GISAID, oriundas de 14 estados do Brasil. Destas, 323 sequências eram do gene NA, 248 do gene M2 e 245 do gene PA. Nestas, foram detectados os seguintes marcadores: Y155H (n=3), S247N (n=1), V149A (n=1) e V149A (n=15), na NA. Todas as sequências de M2 apresentavam o marcador S31N. Paralelamente, foram realizadas análises funcionais de susceptibilidade ao OST, em 314 isolados virais, sendo 231 A(H1N1)pdm09 e 83 de A(H3N2). Observou-se que todos os isolados apresentavam perfil normal de susceptibilidade ao OST. Desta forma, conclui-se que a frequência de cepas de FluAV estudadas, carreando mutações associadas à RS aos NAIs e BXM ainda é baixa (<1%) nas amostras circulantes no Brasil e que tais vírus, em sua maioria, continuam apresentando o marcador de resistência aos adamantanos. Esses dados podem auxiliar condutas clínicas e políticas públicas de compra, estocagem e licenciamento de fármacos contra influenza no Brasil
id CRUZ_be5bef88292523fa61b87107e9af26f3
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/52531
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Sousa, Thiago das ChagasSequeira, Patrícia Carvalho deVillar, Livia MeloCouceiro, José Nelson dos Santos SilvaNogueira, Fernanda de BruyckerSilva, Viveca Antonia Giongo Galvão daMatos, Aline da RochaSiqueira, Marilda Mendonça2022-05-03T21:09:40Z2022-05-03T21:09:40Z2021SOUSA, Thiago das Chagas. Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais. 2021. 118 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52531Infecções pelo vírus influenza A (FluAV) têm grande importância para a saúde pública mundial, principalmente pelos subtipos A(H1N1)pdm09 e o A(H3N2), que causam epidemias anuais e pandemias esporádicas. Além da vacinação, o uso de fármacos antivirais é essencial para o controle destes patógenos. Atualmente, a classe dos inibidores de neuraminidase (NAIs) é a mais utilizada, sendo o fármaco oseltamivir (OST) o mais relevante. Mais recentemente, o fármaco baloxavir marboxil (BXM), da classe de inibidores de polimerase, foi licenciado em alguns países. Porém, devido à constante evolução dos genomas dos FluAVs, mutações nos genes que codificam as proteínas alvos dos antivirais podem levar à resistência ao tratamento. Este fenômeno foi previamente observado para a classe dos fármacos adamantanos, com disseminação de cepas com o marcador S31N no gene M2. Sendo assim, a vigilância de cepas carreando mutações associadas à redução da susceptibilidade (RS) aos NAIs deve ser realizada regularmente. Com relação ao BXM, também já foram relatadas mutações associadas à RS no gene da polimerase ácida (PA). Desta forma, esse estudo tem o objetivo de avaliar os FluAVs circulantes no Brasil, no período de 2017 a 2020, com relação a sua susceptibilidade aos principais antivirais, através de metodologias de sequenciamento genético e análises funcionais dos isolados virais com o OST. Para tal, foram analisadas 1020 amostras positivas para FluAV, oriundas de 9 estados do Brasil. Destas, 699 foram positivas para A(H1N1)pdm09 e 321 para A(H3N2). Analisamos 65,9% das amostras de A(H1N1)pdmp09 através de triagem do alvo mais frequente (H275Y na NA), por pirossequenciamento, detectando-se uma amostra com esta substituição Em seguida, através do sequenciamento completo dos genes alvo dos fármacos (NA, PA e M2), geramos 390 sequências do gene NA, 209 do gene M2 e 182 do gene PA. Assim, detectaram-se as seguintes substituições associadas à RS ao antivirais no gene NA: I222V (n=6), V149A (n=3), N329K (n=1), Q136k (n=1), Y155H (n=1) e Y155H/V149A (n=4). No gene M2, detectamos a alteração S31N (n=208) e, no gene PA, observamos a substituição E199D (n=1). Adicionalmente, foram obtidas sequências genéticas de FluAVs no banco de sequências GISAID, oriundas de 14 estados do Brasil. Destas, 323 sequências eram do gene NA, 248 do gene M2 e 245 do gene PA. Nestas, foram detectados os seguintes marcadores: Y155H (n=3), S247N (n=1), V149A (n=1) e V149A (n=15), na NA. Todas as sequências de M2 apresentavam o marcador S31N. Paralelamente, foram realizadas análises funcionais de susceptibilidade ao OST, em 314 isolados virais, sendo 231 A(H1N1)pdm09 e 83 de A(H3N2). Observou-se que todos os isolados apresentavam perfil normal de susceptibilidade ao OST. Desta forma, conclui-se que a frequência de cepas de FluAV estudadas, carreando mutações associadas à RS aos NAIs e BXM ainda é baixa (<1%) nas amostras circulantes no Brasil e que tais vírus, em sua maioria, continuam apresentando o marcador de resistência aos adamantanos. Esses dados podem auxiliar condutas clínicas e políticas públicas de compra, estocagem e licenciamento de fármacos contra influenza no BrasilInfluenza A virus (FluAV) infections are of great importance to public health worldwide, mainly due to the A(H1N1)pdm09 and A(H3N2) subtypes, which cause annual epidemics and sporadic pandemics. Besides vaccination, the use of antiviral drugs is essential for the control of these pathogens. Currently, the class of neuraminidase inhibitors (NAIs) is the most used, with the drug oseltamivir (OST) being the most relevant. More recently, the drug baloxavir marboxil (BXM), from the polymerase inhibitor class, has been licensed in some countries. However, due to the constant evolution of the FluAV genomes, mutations in the genes that encode antiviral target proteins can lead to resistance to the treatment. This phenomenon had previously been observed for the adamantanes drug class, with the emergence and dissemination of strains with the S31N marker in the M2 gene. Therefore, surveillance of strains carrying mutations associated with reduced susceptibility (RS) to NAIs must be carried out regularly. Regarding BXM, mutations associated with RS in the acid polymerase (PA) gene have also been reported. Therefore, this study aims to evaluate the FluAVs circulating in Brazil, from 2017 to 2020, regarding their susceptibility to the main antivirals, through genetic sequencing methodologies and functional analysis of viral isolates with OST. To this end, 1020 FluAV positive samples, from 9 states in Brazil, were analyzed. From them, 699 were A(H1N1)pdm09 and 321 A(H3N2). Of these, 65.9% of the A(H1N1)pdmp09 samples were submitted to screening for the target most frequently associated with RS (H275Y in NA), by pyrosequencing, which detected a sample with this substitution Then, the complete sequencing of the drugs' target genes was performed, generating 390 sequences of the NA gene, 209 of the M2 gene, and 182 of the PA gene. Thus, the following substitutions associated with RS to antivirals were detected in NA: I222V (n=6), V149A (n=3), N329K (n=1), Q136k (n=1), Y155H (n=1) and Y155H /V149A (n=4). In the M2 gene, we detected the substitution S31N (n=208) and, in PA gene, the following E199D (n=1). Additionally, we analyzed FluAV genetic sequences downloaded from the GISAID sequence bank from 14 Brazilian states. Whose, 321 sequences were from the NA gene, 248 from the M2 gene, and 245 from the PA gene. In these, the following markers were detected: Y155H (n=3), S247N (n=1), V149A (n=1) and V149A (n=15), in the NA. All M2 sequences had the S31N substitution. In parallel, functional analysis of susceptibility to OST were carried out in 314 viral isolates, 231 A(H1N1)pdm09 and 83 A(H3N2). It was observed that all isolates had a normal profile of susceptibility to OST. Thus, it is concluded that the frequency of studied FluAV strains, in circulating samples in Brazil, carrying mutations associated with RS to NAIs and BXM is still low (<1%) and that such viruses, for the most part, continue to present the marker of resistance to adamantanes. These data can help clinical conduct and public policies for the purchase, storage, and licensing of drugs against influenza in BrazilFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porInfluenza AResistênciaAntiviraisOseltamivirBaloxavirAdamantanosInfluenza AResistanceAntiviralsOseltamivirBaloxavirAdamantanesVírus da Influenza AAntiviraisNeuraminidaseAdamantanoAvaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antiviraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2021Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzMestrado AcadêmicoRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52531/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINAL000249589.pdfapplication/pdf2572868https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52531/2/000249589.pdf203b38ea0bbf89723457f09dd433fab2MD52icict/525312022-05-03 18:09:40.272oai:www.arca.fiocruz.br:icict/52531Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-05-03T21:09:40Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais
title Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais
spellingShingle Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais
Sousa, Thiago das Chagas
Influenza A
Resistência
Antivirais
Oseltamivir
Baloxavir
Adamantanos
Influenza A
Resistance
Antivirals
Oseltamivir
Baloxavir
Adamantanes
Vírus da Influenza A
Antivirais
Neuraminidase
Adamantano
title_short Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais
title_full Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais
title_fullStr Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais
title_full_unstemmed Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais
title_sort Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais
author Sousa, Thiago das Chagas
author_facet Sousa, Thiago das Chagas
author_role author
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Sequeira, Patrícia Carvalho de
Villar, Livia Melo
Couceiro, José Nelson dos Santos Silva
Nogueira, Fernanda de Bruycker
Silva, Viveca Antonia Giongo Galvão da
dc.contributor.author.fl_str_mv Sousa, Thiago das Chagas
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Matos, Aline da Rocha
Siqueira, Marilda Mendonça
contributor_str_mv Matos, Aline da Rocha
Siqueira, Marilda Mendonça
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Influenza A
Resistência
Antivirais
Oseltamivir
Baloxavir
Adamantanos
topic Influenza A
Resistência
Antivirais
Oseltamivir
Baloxavir
Adamantanos
Influenza A
Resistance
Antivirals
Oseltamivir
Baloxavir
Adamantanes
Vírus da Influenza A
Antivirais
Neuraminidase
Adamantano
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv Influenza A
Resistance
Antivirals
Oseltamivir
Baloxavir
Adamantanes
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Vírus da Influenza A
Antivirais
Neuraminidase
Adamantano
description Infecções pelo vírus influenza A (FluAV) têm grande importância para a saúde pública mundial, principalmente pelos subtipos A(H1N1)pdm09 e o A(H3N2), que causam epidemias anuais e pandemias esporádicas. Além da vacinação, o uso de fármacos antivirais é essencial para o controle destes patógenos. Atualmente, a classe dos inibidores de neuraminidase (NAIs) é a mais utilizada, sendo o fármaco oseltamivir (OST) o mais relevante. Mais recentemente, o fármaco baloxavir marboxil (BXM), da classe de inibidores de polimerase, foi licenciado em alguns países. Porém, devido à constante evolução dos genomas dos FluAVs, mutações nos genes que codificam as proteínas alvos dos antivirais podem levar à resistência ao tratamento. Este fenômeno foi previamente observado para a classe dos fármacos adamantanos, com disseminação de cepas com o marcador S31N no gene M2. Sendo assim, a vigilância de cepas carreando mutações associadas à redução da susceptibilidade (RS) aos NAIs deve ser realizada regularmente. Com relação ao BXM, também já foram relatadas mutações associadas à RS no gene da polimerase ácida (PA). Desta forma, esse estudo tem o objetivo de avaliar os FluAVs circulantes no Brasil, no período de 2017 a 2020, com relação a sua susceptibilidade aos principais antivirais, através de metodologias de sequenciamento genético e análises funcionais dos isolados virais com o OST. Para tal, foram analisadas 1020 amostras positivas para FluAV, oriundas de 9 estados do Brasil. Destas, 699 foram positivas para A(H1N1)pdm09 e 321 para A(H3N2). Analisamos 65,9% das amostras de A(H1N1)pdmp09 através de triagem do alvo mais frequente (H275Y na NA), por pirossequenciamento, detectando-se uma amostra com esta substituição Em seguida, através do sequenciamento completo dos genes alvo dos fármacos (NA, PA e M2), geramos 390 sequências do gene NA, 209 do gene M2 e 182 do gene PA. Assim, detectaram-se as seguintes substituições associadas à RS ao antivirais no gene NA: I222V (n=6), V149A (n=3), N329K (n=1), Q136k (n=1), Y155H (n=1) e Y155H/V149A (n=4). No gene M2, detectamos a alteração S31N (n=208) e, no gene PA, observamos a substituição E199D (n=1). Adicionalmente, foram obtidas sequências genéticas de FluAVs no banco de sequências GISAID, oriundas de 14 estados do Brasil. Destas, 323 sequências eram do gene NA, 248 do gene M2 e 245 do gene PA. Nestas, foram detectados os seguintes marcadores: Y155H (n=3), S247N (n=1), V149A (n=1) e V149A (n=15), na NA. Todas as sequências de M2 apresentavam o marcador S31N. Paralelamente, foram realizadas análises funcionais de susceptibilidade ao OST, em 314 isolados virais, sendo 231 A(H1N1)pdm09 e 83 de A(H3N2). Observou-se que todos os isolados apresentavam perfil normal de susceptibilidade ao OST. Desta forma, conclui-se que a frequência de cepas de FluAV estudadas, carreando mutações associadas à RS aos NAIs e BXM ainda é baixa (<1%) nas amostras circulantes no Brasil e que tais vírus, em sua maioria, continuam apresentando o marcador de resistência aos adamantanos. Esses dados podem auxiliar condutas clínicas e políticas públicas de compra, estocagem e licenciamento de fármacos contra influenza no Brasil
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-05-03T21:09:40Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-05-03T21:09:40Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SOUSA, Thiago das Chagas. Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais. 2021. 118 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52531
identifier_str_mv SOUSA, Thiago das Chagas. Avaliação da susceptibilidade dos vírus influenza A, circulantes no Brasil, aos antivirais. 2021. 118 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) - Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2021.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/52531
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52531/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/52531/2/000249589.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
203b38ea0bbf89723457f09dd433fab2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1822791465254780928