As crianças como mediadores da relação escola família
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/13871 |
Resumo: | O presente projeto teve como objectivo compreender e melhorar as condições de participação infantil numa Escola rural localizada no Município da Jamba, província da Huíla, na República de Angola. Partindo do reconhecimento de que a participação é um princípio fundamental, consagrado na Convenção dos Direitos da Criança, analisam-se as condições que as crianças dispõem para tomar parte ativa na promoção dos seus próprios direitos, neste caso, do direito à educação. A educação é aqui perspectivada como desempenho do ofício do aluno; ofício que pressupõe um conjunto de deveres que se estendem ao tempo extra-escolar e ao espaço doméstico. Ao haver uma descontinuidade entre a cultura da escola e a cultura local, recai sobre as crianças a expetativa e responsabilidade de conseguir o apoio dos pais e/ou de outros encarregados da educação, na realização destes mesmos deveres. O projeto procurou problematizar com as crianças as condições em que elas desempenham esta função de mediação da relação escola-família, tendo em vista a promoção do seu direito à educação. Para tal recorremos à Investigação-ação Participativa, como metodologia de referência que informou as decisões sobre os procedimentos a adotar na escuta e na criação de um lugar de expressão e voz, de um grupo de nove crianças que frequentavam a 6 ª classe do Sistema Nacional de Ensino. O processo constou de 12 sessões, realizadas duas vezes por semana e com a duração de aproximadamente duas horas. O diálogo que foi sendo tecido com as crianças, a partir de alguns desenhos, poucas palavras e muitos silêncios, nos permitiu compreender que o “divórcio” entre escola, a família e a comunidade, pode ser superado pela cuidadosa transformação da experiência da escola real das crianças, no projeto da escola desejada por elas, seus pais, sua comunidade e autoridades públicas. |
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As crianças como mediadores da relação escola famíliaEducação comunitáriaRelações escola-famíliaPapel dos alunosDesenvolvimento das criançasParticipação dos alunosDireitos das criançasO presente projeto teve como objectivo compreender e melhorar as condições de participação infantil numa Escola rural localizada no Município da Jamba, província da Huíla, na República de Angola. Partindo do reconhecimento de que a participação é um princípio fundamental, consagrado na Convenção dos Direitos da Criança, analisam-se as condições que as crianças dispõem para tomar parte ativa na promoção dos seus próprios direitos, neste caso, do direito à educação. A educação é aqui perspectivada como desempenho do ofício do aluno; ofício que pressupõe um conjunto de deveres que se estendem ao tempo extra-escolar e ao espaço doméstico. Ao haver uma descontinuidade entre a cultura da escola e a cultura local, recai sobre as crianças a expetativa e responsabilidade de conseguir o apoio dos pais e/ou de outros encarregados da educação, na realização destes mesmos deveres. O projeto procurou problematizar com as crianças as condições em que elas desempenham esta função de mediação da relação escola-família, tendo em vista a promoção do seu direito à educação. Para tal recorremos à Investigação-ação Participativa, como metodologia de referência que informou as decisões sobre os procedimentos a adotar na escuta e na criação de um lugar de expressão e voz, de um grupo de nove crianças que frequentavam a 6 ª classe do Sistema Nacional de Ensino. O processo constou de 12 sessões, realizadas duas vezes por semana e com a duração de aproximadamente duas horas. O diálogo que foi sendo tecido com as crianças, a partir de alguns desenhos, poucas palavras e muitos silêncios, nos permitiu compreender que o “divórcio” entre escola, a família e a comunidade, pode ser superado pela cuidadosa transformação da experiência da escola real das crianças, no projeto da escola desejada por elas, seus pais, sua comunidade e autoridades públicas.The objective of this project is to understand and improve the conditions of children's participation in a rural school located in the city of Jamba, southern Huila Province, Republic of Angola. Recognizing that participation is a fundamental principle enshrined in the Child Rights Convention, we analyze the conditions that children have to take an active part in the promotion of their rights, in this case, the right to education. Education is here viewed as the office of student performance; craft that requires a set of duties that extend to non-school time and the domestic space. When there is a discontinuity between the culture of the school and the local culture, borne by children responsibility and the expectation of getting the support of parents and / or other guardians in attaining these same duties. The project sought to discuss with children the conditions under which they perform this function in mediating the school-family relationship, with a view to promoting their right to education. For this we turn to Participatory Action Research as a reference methodology that informed decisions about the procedures to adopt in listening and creating a place of expression and speech, a group of nine children attending Grade 6 of the National System Teaching. The process consisted of 12 sessions, held twice a week and lasting approximately two hours. The dialogue that was being woven with children from some drawings, a few words and many silences, allowed us to understand that the "divorce" between school, family and community, can be overcome by careful processing of the real school experience children in school design desired by them, their parents, their community and public authorities.Universidade de Aveiro2015-04-21T14:03:32Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/13871TID:201568438porKassela, Carla Marisa Alfredoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:25:18Zoai:ria.ua.pt:10773/13871Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:49:36.611579Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O presente projeto teve como objectivo compreender e melhorar as condições de participação infantil numa Escola rural localizada no Município da Jamba, província da Huíla, na República de Angola. Partindo do reconhecimento de que a participação é um princípio fundamental, consagrado na Convenção dos Direitos da Criança, analisam-se as condições que as crianças dispõem para tomar parte ativa na promoção dos seus próprios direitos, neste caso, do direito à educação. A educação é aqui perspectivada como desempenho do ofício do aluno; ofício que pressupõe um conjunto de deveres que se estendem ao tempo extra-escolar e ao espaço doméstico. Ao haver uma descontinuidade entre a cultura da escola e a cultura local, recai sobre as crianças a expetativa e responsabilidade de conseguir o apoio dos pais e/ou de outros encarregados da educação, na realização destes mesmos deveres. O projeto procurou problematizar com as crianças as condições em que elas desempenham esta função de mediação da relação escola-família, tendo em vista a promoção do seu direito à educação. Para tal recorremos à Investigação-ação Participativa, como metodologia de referência que informou as decisões sobre os procedimentos a adotar na escuta e na criação de um lugar de expressão e voz, de um grupo de nove crianças que frequentavam a 6 ª classe do Sistema Nacional de Ensino. O processo constou de 12 sessões, realizadas duas vezes por semana e com a duração de aproximadamente duas horas. O diálogo que foi sendo tecido com as crianças, a partir de alguns desenhos, poucas palavras e muitos silêncios, nos permitiu compreender que o “divórcio” entre escola, a família e a comunidade, pode ser superado pela cuidadosa transformação da experiência da escola real das crianças, no projeto da escola desejada por elas, seus pais, sua comunidade e autoridades públicas. |
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