Brincar "é coisa boa": a voz de crianças em idade pré-escolar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/19452 |
Resumo: | Ao longo do tempo o brincar tem vindo a ser considerado o modo característico de comportamento da criança. Embora sejam aceites os discursos construídos pelos adultos sobre o ato de brincar sabemos que estes nem sempre coincidem com os discursos das crianças, tendo sido realizada pouca investigação, em Portugal, relacionada com o modo como as crianças compreendem este ato. O presente trabalho centrou-se na indagação das perspetivas das crianças acerca do brincar, recorrendo-se a uma abordagem qualitativa designada de Abordagem de Mosaico (Clark, 2005, 2007, 2010; Clark & Moss, 2001, 2011; Clark & Statham, 2005). Partiu-se, assim, do pressuposto de que as crianças são detentoras de competência, capazes de compreender, descrever, analisar e responder a aspetos relacionados com as suas experiências. Porque se acredita que a criança é capaz de pensar e expressar o seu pensamento, capaz de demonstrar uma perspetiva única nos assuntos com ela relacionados, o presente trabalho tem por objetivo compreender, através da documentação produzida por crianças integradas num contexto de educação pré-escolar, as suas perspetivas sobre o ato de brincar, por conseguinte, compreender os significados que lhe atribuem. Os resultados obtidos, a partir das documentações das crianças, permitem chegar à conclusão de que estas compreendem o brincar como o desenvolvimento de ações em que se interage com alguém (atividade social), em que são utilizados objetos e também, a ações que lhes conferem prazer e, portanto, desencadeiam uma necessidade de realização, porque proporcionam bem-estar e lhes dão agência. Também, através da análise, é possível depreender que as atividades dirigidas pelos adultos do jardim-de-infância são entendidas pelas crianças como trabalho, sendo enfatizada a ideia de que eles raramente brincam ou que não brincam, efetivamente, com as crianças |
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