Comércio tradicional: O novo paradigma de comportamento do consumidor resultante da COVID-19

• Autor(a) principal: Tiago, Ana
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Mota Veiga, Pedro
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: eng
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://u3isjournal.isvouga.pt/index.php/PJFMA/article/view/593
• topic: Comércio Local; Comércio Tradicional; Empreendedorismo; Comportamento do Consumidor; Portugal

Portugal foi um dos muitos países gravemente afetado pela pandemia Covid-19, com consequências inequívocas tanto quanto à saúde da população como quanto à sua economia nacional, dadas as restrições impostas pelo governo com o objetivo de minimizar a propagação da mesma. Desta forma, esta pandemia fez surgir uma nova realidade no quotidiano de todos os consumidores que deve ser analisada tendo em conta a forte restruturação dos seus hábitos de consumo e suas necessidades emergentes, que, inevitavelmente, fortaleceram a procura por alguns comércios e enfraqueceram outros.O presente artigo aprofunda a readaptação do comportamento do consumidor relativamente ao comércio local, interpretando a valorização do mesmo em consequência do surgimento do vírus Sars-Cov-2 e dos sentimentos e reações de medo, incerteza e pânico, através de uma metodologia quantitativa, cuja aplicação de um questionário a 323 residentes em Portugal cuja idade fosse superior a dezoito anos. Os resultados revelam que os inquiridos consideram de uma forma geral que os seus hábitos de consumo foram alterados em consequência da crise pandémica e que alguns desses hábitos de consumo refletem uma menor utilização das grandes superfícies como meio preferencial para aquisição e compra de produtos e bens essenciais em prol do comércio local. Foi ainda possível concluir que os consumidores mais novos, residentes nas regiões Centro e Lisboa e Vale do Tejo e com ensino superior tiveram mais propensão para alterarem os seus hábitos de consumo, enquanto os consumidores com agregados familiares de maior dimensão denotaram uma menor tendência para a alteração dos seus hábitos de consumo.