Funcionamento Diferencial do Item (DIF): indicador de justiça das avaliações em larga escala
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/38322 |
Resumo: | Atualmente, está se expandindo uma área que tem como objeto de estudo os itens de testes de rendimento. Nesse contexto, o trabalho de Tese teve o objetivo de destacar o fenômeno do Funcionamento Diferencial do Item (DIF), ressaltando que a sua presença em sistemáticas de avaliação do aprendizado discente pode supor iniquidade deste processo, sobretudo nas avaliações em larga escala que empregam provas de rendimento. Num segundo momento, apresentamos posições teóricas, que debateram a dificuldade em conceituar o construto qualidade educacional. Como resultado observamos que para iniciarmos uma ação de avaliação é fundamental contarmos com um modelo teórico sobre qualidade educacional, adotado a priori. Apresentamos um dos inúmeros modelos de qualidade educacional existentes na ampla literatura, através do qual definimos e caracterizamos a eficácia educacional como sendo o grau de consecução dos objetivos acadêmicos estabelecidos antes da implementação do processo de ensino-aprendizagem. Numa terceira fase, apresentamos três concepções teóricas acerca da aprendizagem, ao mesmo tempo que escolhemos uma definição para referido construto. Discutimos as bases que fundamentam a avaliação da aprendizagem e nos centramos num dos procedimentos mais utilizados pelos professores: os testes de rendimento. A parte final do trabalho consistiu no estudo do DIF empregando-se as respostas de 29.777 alunos egressos do Ensino Médio e candidatos aos cursos de graduação da Universidade Federal do Ceará (UFC) em duas Provas de Rendimento: Língua Portuguesa e Matemática. Para detectar a presença do DIF empregou-se o método Mantel-Haenszel. O teste empírico da hipótese H1 indicou que a Prova de Língua Portuguesa apresenta indícios de ser um instrumento injusto, introdutor de iniquidade no processo de avaliação, posto privilegiar o desempenho de indivíduos de subgrupos específicos, componentes do universo de respondentes. A hipótese H2 indicou que a Prova de Matemática apresenta indícios muito contundentes de ser um instrumento injusto, introdutor de iniquidade no processo de avaliação, pois beneficia subgrupos específicos, componentes do universo submetido à Prova de Matemática. Como conclusão do nosso trabalho, pontuamos a conveniência de adotarem-se estratégias estatísticas para detectar o DIF e determinar sua magnitude naqueles itens que comporão as provas ou os testes de rendimento, que, por seu turno, serão empregados em sistemáticas de avaliação em larga escala. Desse modo, se outorgará justiça e equidade aos processos de avaliação em larga escala que empregam provas ou testes de rendimento com o fito de mensurar o nível de aprendizado de alunos. |
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