Eu não vou trabalhar em call center a vida toda: momentaneidade e estratégias em trajetórias de jovens teleoperadores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peixoto, Juliana Oliveira Araújo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/42251
Resumo: The present study focuses on understanding the meanings attributed by young call center workers in the city of Fortaleza to their work activity, which had the first experience of telemarketing. The aim is to interpret the meanings that the work has in the trajectories of the young people, who aspire through professional formation to enter future in qualified occupations. It is from the locus of the call centers that one thinks the relation between work and youth, emphasizing that the youth segment is vulnerable as to the labor insertion either by the lack of experience or by still being in the process of formation for the market, and with This will demonstrate the paths they have traveled to get an occupation. In order to achieve the objectives of this research, eleven semi-structured interviews were conducted with youngsters from three call centers located in Fortaleza, two of which are outsourced and one, as well as a survey of bibliographic material on the subject and previous research data on the universe of call centers (ARAÚJO, 2016). The data show that the number of telemarketing operators is mainly composed of young people, between 18 and 29 years old, showing that the sector has become a gateway for this segment in the labor market or, as pointed out in the research, a "choice" or "only option" to exit unemployment. The youngsters of this research travel back and forth in search of employment, presenting similarities in their trajectories in the trajectory traced until their entry in the call center. This sector, which expanded at the end of the 20th century, follows the characteristics of the current regime of capital accumulation - flexibilization of relations and working conditions and deepening the exploitation of the labor force -, demonstrating that the insertion of youth in the labor market has occurred precariously. After obtaining an occupation, the young people indicate a compensatory and momentary character to the employment in the call centers, do not plan to spend a long period in this sector, but use it as a strategy to invest in training and in the future to achieve a better insertion in the labor market.
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In order to achieve the objectives of this research, eleven semi-structured interviews were conducted with youngsters from three call centers located in Fortaleza, two of which are outsourced and one, as well as a survey of bibliographic material on the subject and previous research data on the universe of call centers (ARAÚJO, 2016). The data show that the number of telemarketing operators is mainly composed of young people, between 18 and 29 years old, showing that the sector has become a gateway for this segment in the labor market or, as pointed out in the research, a "choice" or "only option" to exit unemployment. The youngsters of this research travel back and forth in search of employment, presenting similarities in their trajectories in the trajectory traced until their entry in the call center. This sector, which expanded at the end of the 20th century, follows the characteristics of the current regime of capital accumulation - flexibilization of relations and working conditions and deepening the exploitation of the labor force -, demonstrating that the insertion of youth in the labor market has occurred precariously. After obtaining an occupation, the young people indicate a compensatory and momentary character to the employment in the call centers, do not plan to spend a long period in this sector, but use it as a strategy to invest in training and in the future to achieve a better insertion in the labor market.O presente estudo debruça-se em compreender os significados atribuídos pelos jovens trabalhadores de call centers, na cidade de Fortaleza, à sua atividade laboral, que tiveram no telemarketing a primeira experiência de emprego. Busca-se a partir disso interpretar os sentidos que o trabalho tem nas trajetórias dos jovens, que aspiram através de formação profissional se inserir futuramente em ocupações qualificadas. É a partir do lócus dos call centers que se pensa a relação entre trabalho e juventude, destacando que o segmento juvenil encontra-se vulnerável quanto à inserção laboral seja pela falta de experiência ou por ainda estar em processo de formação para o mercado, e com isso demonstrar os trajetos por eles percorridos para conseguir uma ocupação. Para alcance dos objetivos desta pesquisa, foram realizadas onze entrevistas semi-estruturadas com jovens de três call centers localizados em Fortaleza, dos quais dois são terceirizados e um próprio, além de levantamento de material bibliográfico sobre a temática e dados de pesquisa realizada anteriormente sobre o universo dos call centers (ARAÚJO, 2016). Os dados apontam que o contingente de operadores de telemarketing é majoritariamente formado por jovens, entre 18 e 29 anos, mostrando que o setor tornou-se uma porta de entrada para esse segmento no mercado de trabalho ou, como apontado na pesquisa uma “escolha” ou “única opção” para saída do desemprego. Os jovens desta pesquisa percorrem caminhos de idas e vindas em busca de emprego, apresentando similitudes em suas trajetórias no percurso traçado até sua entrada no call center. Esse setor, que se expandiu no final do século XX, segue as características do atual regime de acumulação do capital – flexibilização das relações e condições de trabalho e aprofundamento da exploração da força de trabalho –, demonstrando que a inserção juvenil no mercado de trabalho tem ocorrido de forma precária. Após terem conseguido uma ocupação, os jovens apontam um caráter compensatório e momentâneo ao emprego nos call centers, não planejam passar um longo período nesse setor, mas utilizam-se dele como estratégia para investirem em formação e no futuro lograrem uma melhor inserção laboral.Lima Filho, Irapuan PeixotoPeixoto, Juliana Oliveira Araújo2019-06-03T14:37:12Z2019-06-03T14:37:12Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPEIXOTO; Juliana Oliveira Araújo. "Eu não vou trabalhar a vida toda": momentaneidade e estratégias em trajetórias de jovens teleoperadores. 2019. 197f. 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