A traduÃÃo da personagem Elizabeth Bennet, de Pride & Prejudice, para o cinema.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ricelly JÃder Bezerra da Silva
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12140
Resumo: O objetivo deste trabalho à analisar o processo de traduÃÃo da personagem Elizabeth Bennet, protagonista do romance Pride & Prejudice, publicado em 1813, de autoria da escritora inglesa Jane Austen, para o filme Pride and Prejudice (1940), de Robert Z. Leonard. Em sua obra, Austen constrÃi uma crÃtica a padrÃes socioculturais que relegam posiÃÃo inferior à mulher do sÃculo XIX em relaÃÃo ao sexo masculino. Tal crÃtica està presente de maneira sutil em sua narrativa, principalmente, centrada na personagem Elizabeth Bennet, pois Austen a apresenta como uma mulher inteligente, irÃnica, decidida e ousada; qualidades que nÃo eram associadas ao comportamento feminino durante o sÃculo XIX. Por apresentar personagens femininas de carÃter decidido, suas criaÃÃes ganham qualidade atemporal, sendo projetadas à posteridade por meio de traduÃÃes. Pride & Prejudice foi adaptado pela primeira vez para o cinema hollywoodiano em 1940, na versÃo supracitada de Leonard. E, sendo o cinema um meio que atinge grande pÃblico formado por leitores e nÃo leitores de obras literÃrias, indagamo-nos quais estratÃgias foram empregadas no processo tradutÃrio da referida personagem para a narrativa fÃlmica. Portanto, partimos da hipÃtese de que, ao ser traduzida para as telas, a personagem à reestruturada e a crÃtica à apagada para ceder lugar a uma narrativa cÃmica e romÃntica. Como base teÃrica, utilizamos princÃpios de Estudos da TraduÃÃo: Lefevere (2007), com o conceito de traduÃÃo como Reescritura e Cattrysse (1995), que concebe a adaptaÃÃo fÃlmica como traduÃÃo. Quanto aos estudos de cinema e literatura, utilizamos Martin (2005), Eisenstein (2002) e McFarlane (2010); e no que diz respeito a questÃes literÃrias, utilizamos Candido (2011), Rosenfeld (2011), Bakhtin (2011), Gomes (2011) e Forster (2004). Os resultados mostraram que ocorreram mudanÃas na configuraÃÃo da personagem cinematogrÃfica, obedecendo aos critÃrios do sistema receptor e apagando o teor crÃtico encontrado no romance de Austen. Mostraram ainda que a obra fÃlmica projetou o universo literÃrio do romance para um pÃblico mais amplo, dada as reediÃÃes do romance durante aquela dÃcada, em decorrÃncia da exibiÃÃo do filme.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA traduÃÃo da personagem Elizabeth Bennet, de Pride & Prejudice, para o cinema. The translation of the character Elizabeth Bennet of Pride & Prejudice, for the cinema.2014-03-27Carlos Augusto Viana da Silva47838582334http://lattes.cnpq.br/3316600178531895 Roseli Barros Cunha11884920802http://lattes.cnpq.br/906029192066269900409497371http://lattes.cnpq.br/2666150559243824Ricelly JÃder Bezerra da SilvaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em LetrasUFCBRCinemaLiteraturaReescrituraTraduÃÃoCinemaLiteratureRewritingTranslationLITERATURA COMPARADAO objetivo deste trabalho à analisar o processo de traduÃÃo da personagem Elizabeth Bennet, protagonista do romance Pride & Prejudice, publicado em 1813, de autoria da escritora inglesa Jane Austen, para o filme Pride and Prejudice (1940), de Robert Z. Leonard. Em sua obra, Austen constrÃi uma crÃtica a padrÃes socioculturais que relegam posiÃÃo inferior à mulher do sÃculo XIX em relaÃÃo ao sexo masculino. Tal crÃtica està presente de maneira sutil em sua narrativa, principalmente, centrada na personagem Elizabeth Bennet, pois Austen a apresenta como uma mulher inteligente, irÃnica, decidida e ousada; qualidades que nÃo eram associadas ao comportamento feminino durante o sÃculo XIX. Por apresentar personagens femininas de carÃter decidido, suas criaÃÃes ganham qualidade atemporal, sendo projetadas à posteridade por meio de traduÃÃes. Pride & Prejudice foi adaptado pela primeira vez para o cinema hollywoodiano em 1940, na versÃo supracitada de Leonard. E, sendo o cinema um meio que atinge grande pÃblico formado por leitores e nÃo leitores de obras literÃrias, indagamo-nos quais estratÃgias foram empregadas no processo tradutÃrio da referida personagem para a narrativa fÃlmica. Portanto, partimos da hipÃtese de que, ao ser traduzida para as telas, a personagem à reestruturada e a crÃtica à apagada para ceder lugar a uma narrativa cÃmica e romÃntica. Como base teÃrica, utilizamos princÃpios de Estudos da TraduÃÃo: Lefevere (2007), com o conceito de traduÃÃo como Reescritura e Cattrysse (1995), que concebe a adaptaÃÃo fÃlmica como traduÃÃo. Quanto aos estudos de cinema e literatura, utilizamos Martin (2005), Eisenstein (2002) e McFarlane (2010); e no que diz respeito a questÃes literÃrias, utilizamos Candido (2011), Rosenfeld (2011), Bakhtin (2011), Gomes (2011) e Forster (2004). Os resultados mostraram que ocorreram mudanÃas na configuraÃÃo da personagem cinematogrÃfica, obedecendo aos critÃrios do sistema receptor e apagando o teor crÃtico encontrado no romance de Austen. Mostraram ainda que a obra fÃlmica projetou o universo literÃrio do romance para um pÃblico mais amplo, dada as reediÃÃes do romance durante aquela dÃcada, em decorrÃncia da exibiÃÃo do filme.This dissertation aims at analyzing the process of translating the character of Elizabeth Bennet, protagonist of the novel Pride & Prejudice, first published in 1813 by the English author, Jane Austen, into the film version Pride & Prejudice (1940), by Robert Z. Leonard. In her novel, Austen criticizes sociocultural patters which relegate women to an inferior position in relation to the male sex. Such criticism is subtlety present in the narrative and, especially, in the character of Elizabeth Bennet, who is seen as an intelligent, ironic and decisive woman. These qualities differ from the moral idea of women in nineteenth-century England. The presentation of this type of female character assures her of a timeless quality which is transmitted to posterity by means of translations. Pride & Prejudice was first translated for the Hollywood film in 1940, in the above mentioned Leonardâs version. Since the cinema is a medium that reaches a large audience of both readers and non-readers of literary works, one may question the strategies that are implied in the translation process of such character to the silver screen. It may be correctly assumed that when thus translated, any social criticism presented by the principal literary character tends to give way to a narrative which proposes entertainment, focusing on the love and comical relationship between the protagonists of the novel. The theoretic basis for the present analysis is based on the following concepts of translation: Lefevereâs translation rewriting (2007) and Cattrysseâs postulate (1995) which conceives film adaptation as a type of translation. Concerning film adaptation, Martin (2005), Eisenstein (2002) and McFarlaneâs (2010) studies, which regard cinema as a linguistic art in its own right, were incorporated into our analysis as were those of Candido (2011), Rosenfeld (2011), Bakhtin (2011), Gomes (2011) and Forster (2004), all of whom discuss the structure of the fictional character. Such studies have resulted in a new configuration of the cinematographic character. Based on the criteria on the target system, this configuration permits the deleting of the critical level found in the universe of the novel and introduces the original work to a wider audience, as can be proved by the republishing of the novel in various editions after the release of the film version in 1940.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12140application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:25:23Zmail@mail.com -
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