Uma trajetória de resiliência da mulher escravizada: O Bildungsroman e o romance Um defeito de cor de Ana Maria Gonçalves
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/30460 |
Resumo: | Esta dissertação versa sobre a trajetória de Kehinde, protagonista-narradora do romance Um defeito de cor (2018), de Ana Maria Gonçalves, desde a infância ao amadurecimento da personagem. A obra adequa-se ao que os estudos literários chamam de Bildungsroman, ou romance de formação, subgênero do romance, surgido na Alemanha, no século XIX. Por se tratar de protagonismo feminino e negro, através da visão e vivência de uma escravizada, que traça uma cartografia da sociedade brasileira escravista do século XIX, esta pesquisa chama de contranarrativa, que atribui a ideia de nação pelas vozes que foram apagadas da historiografia oficial. Portanto, a carta-testemunho de Kehinde é um documento detalhista do cotidiano dos escravizados. Através do letramento da narradora, sua resiliência, sua capacidade de adaptação e tomadas de ação, o suposto manuscrito encontrado por Gonçalves em Itaparica, na Bahia, desnuda os estereótipos comumente encontrados na literatura relacionados à mulher negra, e voga o nome de Luiza Mahin, figura ainda controversa, dentro do cenário histórico brasileiro. |
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Uma trajetória de resiliência da mulher escravizada: O Bildungsroman e o romance Um defeito de cor de Ana Maria GonçalvesBildungsromanRomance de formaçãoContranarrativaResiliênciaDocumentoMulherResiliência (Traço da personalidade)RomanceBildungsromanFormation novelCounter-narrativeResilienceDocumentEsta dissertação versa sobre a trajetória de Kehinde, protagonista-narradora do romance Um defeito de cor (2018), de Ana Maria Gonçalves, desde a infância ao amadurecimento da personagem. A obra adequa-se ao que os estudos literários chamam de Bildungsroman, ou romance de formação, subgênero do romance, surgido na Alemanha, no século XIX. Por se tratar de protagonismo feminino e negro, através da visão e vivência de uma escravizada, que traça uma cartografia da sociedade brasileira escravista do século XIX, esta pesquisa chama de contranarrativa, que atribui a ideia de nação pelas vozes que foram apagadas da historiografia oficial. Portanto, a carta-testemunho de Kehinde é um documento detalhista do cotidiano dos escravizados. Através do letramento da narradora, sua resiliência, sua capacidade de adaptação e tomadas de ação, o suposto manuscrito encontrado por Gonçalves em Itaparica, na Bahia, desnuda os estereótipos comumente encontrados na literatura relacionados à mulher negra, e voga o nome de Luiza Mahin, figura ainda controversa, dentro do cenário histórico brasileiro.This research deals about the Kehinde’s trajectory, protagonist-narrator of the novel, Um defeito de cor (2018), written by Ana Maria Gonçalves, from childhood to the maturation of the character. The novel fits what literary studies call Bildungsroman, or formation novel, a subgenre of the novel, which emerged in Germany in the 19th century. Because it is a female and black protagonism, through the vision and experience of an enslaved woman, which draws a cartography of Brazilian slave society in the 19th century, this research call counter-narrative, which attributes the idea of nation through the voices that were erased from the official historiography. Therefore, Kehinde's testimonial letter is a detailed document of the daily life of enslaved people. Through the narrator's literacy, her resilience, her ability to adapt and take action, the manuscript found by Gonçalves, in Itaparica, Bahia, lays bare the stereotypes, commonly found in literature related to black women, and vogues the name of Luiza Mahin, still a controversial figure, within the Brazilian historical scenario.100 p.Lopez, Anna Faedrich MartinsFigueiredo, EurídiceSalgueiro, Maria Aparecida AndradeCristani, Vanessa Didolich2023-09-19T23:20:37Z2023-09-19T23:20:37Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCRISTANI, Vanessa Didolich. Uma trajetória de resiliência da mulher escravizada: O Bildungsroman e o romance Um defeito de cor de Ana Maria Gonçalves. 2023. 100 f. Dissertação (Mestrado em Estudos de Literatura) – Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura, Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2023.http://app.uff.br/riuff/handle/1/30460CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-09-19T23:20:40Zoai:app.uff.br:1/30460Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202023-09-19T23:20:40Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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