Consumo de alimentos processados e ultraprocessados em adolescentes: associações com a prevalência de inadequação de nutrientes e os fatores de risco cardiometabólicos
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24918 |
Resumo: | Os hábitos alimentares na adolescência são caracterizados pelo elevado consumo de alimentos processados e ultraprocessados, e podem ter como consequência a deficiência de micronutrientes e a ocorrência precoce de doenças crônicas não-transmissíveis. Este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados e as relações com a prevalência da inadequação de nutrientes e os fatores de risco cardiometabólicos em adolescentes. Foi realizado estudo transversal com 444 adolescentes de escolas públicas no município de Natal, Nordeste do Brasil. Investigou-se as variáveis história familiar de fatores de risco para doença cardiovascular, escolaridade materna, estado nutricional antropométrico, maturação sexual, pressão arterial e perfil lipídico. Os dados de consumo alimentar e dietético foram obtidos por dois recordatórios de 24 horas. Os alimentos consumidos foram classificados quanto ao tipo de processamento. Estimou-se a prevalência de inadequação de micronutrientes utilizando a Estimated Average Requirement - EAR como ponto de corte, exceto para o ferro em que foi utilizado o método da abordagem probabilística manualmente determinada. Foi realizada uma regressão logística ordinal para estimar a relação entre o consumo de alimentos processados e ultraprocessados com a prevalência de inadequação de micronutrientes e com os fatores de risco cardiomatebólicos. No P25-P50 o consumo de alimentos processados foi de 10,4 (1,2)% e o de ultraprocessados foi de 31,5 (2,2)%, do total de energia. Registrou-se elevadas prevalências de inadequação de consumo das vitaminas D, folato, vitamina E, cálcio e selênio, em ambos os sexos. O maior consumo de alimentos processados foi positivamente associado ao aumento na prevalência de inadequação de vitamina B1 (p=0,04; RP 0,55) e selênio (p<0,01; RP=1,97) e o maior consumo de alimentos ultraprocessados foi associado a inadequação de vitamina B1 (p=0,03; RP=0,49) e de zinco (p<0,01; RP=0,49). O maior consumo de processados foi associado a hipercolesterolemia (p= 0,04; RP= 3,08) e a hipertrigliceridemia (p= 0,02; RP= 3,79). A baixa escolaridade materna também foi associada ao maior consumo de alimentos processados (p< 0,01; RP= 1,72) e ultraprocessados (p= 0,03; RP= 0,36). O consumo excessivo de alimentos processados e ultraprocessados por adolescentes associa-se ao aumento da prevalência de inadequação de nutrientes, principalmente vitamina B1, selênio e zinco, bem como a fatores de risco cardiometabólicos, implicando em prejuízos nas condições de saúde a curto e longo prazo. |
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Falcão, Raphaela Cecília Thé Maia de ArrudaLima, Severina Carla Vieira CunhaMaciel, Bruna Leal LimaFerreira, Flávia Emília Leite de LimaEvangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena2018-03-19T17:19:21Z2018-03-19T17:19:21Z2017-11-30FALCÃO, Raphaela Cecília Thé Maia de Arruda. Consumo de alimentos processados e ultraprocessados em adolescentes: associações com a prevalência de inadequação de nutrientes e os fatores de risco cardiometabólicos. 2017. 96f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24918Os hábitos alimentares na adolescência são caracterizados pelo elevado consumo de alimentos processados e ultraprocessados, e podem ter como consequência a deficiência de micronutrientes e a ocorrência precoce de doenças crônicas não-transmissíveis. Este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados e as relações com a prevalência da inadequação de nutrientes e os fatores de risco cardiometabólicos em adolescentes. Foi realizado estudo transversal com 444 adolescentes de escolas públicas no município de Natal, Nordeste do Brasil. Investigou-se as variáveis história familiar de fatores de risco para doença cardiovascular, escolaridade materna, estado nutricional antropométrico, maturação sexual, pressão arterial e perfil lipídico. Os dados de consumo alimentar e dietético foram obtidos por dois recordatórios de 24 horas. Os alimentos consumidos foram classificados quanto ao tipo de processamento. Estimou-se a prevalência de inadequação de micronutrientes utilizando a Estimated Average Requirement - EAR como ponto de corte, exceto para o ferro em que foi utilizado o método da abordagem probabilística manualmente determinada. Foi realizada uma regressão logística ordinal para estimar a relação entre o consumo de alimentos processados e ultraprocessados com a prevalência de inadequação de micronutrientes e com os fatores de risco cardiomatebólicos. No P25-P50 o consumo de alimentos processados foi de 10,4 (1,2)% e o de ultraprocessados foi de 31,5 (2,2)%, do total de energia. Registrou-se elevadas prevalências de inadequação de consumo das vitaminas D, folato, vitamina E, cálcio e selênio, em ambos os sexos. O maior consumo de alimentos processados foi positivamente associado ao aumento na prevalência de inadequação de vitamina B1 (p=0,04; RP 0,55) e selênio (p<0,01; RP=1,97) e o maior consumo de alimentos ultraprocessados foi associado a inadequação de vitamina B1 (p=0,03; RP=0,49) e de zinco (p<0,01; RP=0,49). O maior consumo de processados foi associado a hipercolesterolemia (p= 0,04; RP= 3,08) e a hipertrigliceridemia (p= 0,02; RP= 3,79). A baixa escolaridade materna também foi associada ao maior consumo de alimentos processados (p< 0,01; RP= 1,72) e ultraprocessados (p= 0,03; RP= 0,36). O consumo excessivo de alimentos processados e ultraprocessados por adolescentes associa-se ao aumento da prevalência de inadequação de nutrientes, principalmente vitamina B1, selênio e zinco, bem como a fatores de risco cardiometabólicos, implicando em prejuízos nas condições de saúde a curto e longo prazo.Eating habits in adolescence are characterized by high consumption of processed and ultraprocessed foods and may result in micronutrient deficiency and the early occurrence of chronic noncommunicable diseases. This study aimed to evaluate the consumption of processed and ultraprocessed foods and the relationships between the prevalence of nutrient inadequacy and cardiometabolic risk factors in adolescents. A cross-sectional study was conducted with 444 adolescents from public schools in the city of Natal, Northeastern Brazil. The variables family history of risk factors for cardiovascular disease, maternal schooling, anthropometric nutritional status, sexual maturation, blood pressure and lipid profile were investigated. Dietary and food intake data were obtained by two 24-hour recalls. The foods consumed were classified according to the type of processing. The prevalence of micronutrient inadequacy was estimated using the Estimated Average Requirement (EAR) as the cut-off point, except for the iron in which the manually determined probabilistic approach was used. An ordinal logistic regression was performed to estimate the relationship between the consumption of processed and ultraprocessed foods and the prevalence of micronutrient inadequacy and cardiomathobolic risk factors. At P25-P50 the consumption of processed foods was 10.4 (1.2)% and the ultraprocessed consumption was 31.5 (2.2)%, of the total energy. There was a high prevalence of inadequate intake of vitamins D, folate, vitamin E, calcium and selenium in both sexes. The higher intake of processed foods was positively associated with an increase in the prevalence of inadequate vitamin B1 (p = 0.04, PR 0.55) and selenium (p <0.01, PR = 1.97) and higher intake of (p = 0.03, PR = 0.49) and zinc (p <0.01, PR = 0.49). The highest processed consumption was associated with hypercholesterolemia (p = 0.04, PR = 3.08) and hypertriglyceridemia (p = 0.02, PR = 3.79). Low maternal schooling was also associated with higher consumption of processed (p <0.01, PR = 1.72) and ultraprocessed foods (p = 0.03, PR = 0.36). Excessive consumption of processed and ultraprocessed foods by adolescents is associated with an increase in the prevalence of inadequate nutrients, especially vitamin B1, selenium and zinc, as well as cardiometabolic risk factors, implying short-term and long-term health losses.porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAOAdolescenteAlimentos industrializadosConsumo de alimentosMicronutrientesFatores de riscoConsumo de alimentos processados e ultraprocessados em adolescentes: associações com a prevalência de inadequação de nutrientes e os fatores de risco cardiometabólicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃOUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTRaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.txtRaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain168249https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24918/2/RaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.txt6e9142b01530b8c34db96fd9819acb68MD52THUMBNAILRaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.jpgRaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3177https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24918/3/RaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.jpg2c280d81f3ab4c9ae3843d540f264646MD53TEXTRaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.txtRaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain168249https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24918/2/RaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.txt6e9142b01530b8c34db96fd9819acb68MD52THUMBNAILRaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.jpgRaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3177https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24918/3/RaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf.jpg2c280d81f3ab4c9ae3843d540f264646MD53ORIGINALRaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdfRaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdfapplication/pdf1211551https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24918/1/RaphaelaCeciliaTheMaiaDeArrudaFalcao_DISSERT.pdf2f5e9ae7e2f23f62833a4f9d518ab1caMD51123456789/249182019-01-30 16:40:25.098oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/24918Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-30T19:40:25Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Os hábitos alimentares na adolescência são caracterizados pelo elevado consumo de alimentos processados e ultraprocessados, e podem ter como consequência a deficiência de micronutrientes e a ocorrência precoce de doenças crônicas não-transmissíveis. Este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados e as relações com a prevalência da inadequação de nutrientes e os fatores de risco cardiometabólicos em adolescentes. Foi realizado estudo transversal com 444 adolescentes de escolas públicas no município de Natal, Nordeste do Brasil. Investigou-se as variáveis história familiar de fatores de risco para doença cardiovascular, escolaridade materna, estado nutricional antropométrico, maturação sexual, pressão arterial e perfil lipídico. Os dados de consumo alimentar e dietético foram obtidos por dois recordatórios de 24 horas. Os alimentos consumidos foram classificados quanto ao tipo de processamento. Estimou-se a prevalência de inadequação de micronutrientes utilizando a Estimated Average Requirement - EAR como ponto de corte, exceto para o ferro em que foi utilizado o método da abordagem probabilística manualmente determinada. Foi realizada uma regressão logística ordinal para estimar a relação entre o consumo de alimentos processados e ultraprocessados com a prevalência de inadequação de micronutrientes e com os fatores de risco cardiomatebólicos. No P25-P50 o consumo de alimentos processados foi de 10,4 (1,2)% e o de ultraprocessados foi de 31,5 (2,2)%, do total de energia. Registrou-se elevadas prevalências de inadequação de consumo das vitaminas D, folato, vitamina E, cálcio e selênio, em ambos os sexos. O maior consumo de alimentos processados foi positivamente associado ao aumento na prevalência de inadequação de vitamina B1 (p=0,04; RP 0,55) e selênio (p<0,01; RP=1,97) e o maior consumo de alimentos ultraprocessados foi associado a inadequação de vitamina B1 (p=0,03; RP=0,49) e de zinco (p<0,01; RP=0,49). O maior consumo de processados foi associado a hipercolesterolemia (p= 0,04; RP= 3,08) e a hipertrigliceridemia (p= 0,02; RP= 3,79). A baixa escolaridade materna também foi associada ao maior consumo de alimentos processados (p< 0,01; RP= 1,72) e ultraprocessados (p= 0,03; RP= 0,36). O consumo excessivo de alimentos processados e ultraprocessados por adolescentes associa-se ao aumento da prevalência de inadequação de nutrientes, principalmente vitamina B1, selênio e zinco, bem como a fatores de risco cardiometabólicos, implicando em prejuízos nas condições de saúde a curto e longo prazo. |
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