Índice de angina renal para identificação precoce do risco de lesão renal aguda em crianças gravemente doentes

• Autor(a) principal: Alves, Marina Targino Bezerra [UNIFESP]
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
• Texto Completo: https://repositorio.unifesp.br/xmlui/handle/11600/63821
• topic: Índice de angina renal; Lesão renal aguda; Unidades de terapia Intensiva pediátrica; Pediatria; Nefrologia pediátrica

Objetivos: Testar se o índice de angina renal (IAR), calculado na admissão dos pacientes nas unidades de terapia intensiva pediátricas, tem associação com a ocorrência de lesão renal aguda baseada no KDIGO (estágio ≥ 2) em 72h e analisar a performance do IAR numa unidade de terapia intensiva pediátrica (UTI) exclusivamente oncológica. Desenho: Estudo observacional retrospectivo em duas unidades de terapia intensiva pediátricas em hospital geral e hospital oncológico, no ano de 2017. Pacientes - Crianças de 3 meses a < de 18 anos admitidas nas unidades intensivas e com permanência de no mínimo 72h foram incluídas. Medidas e principais resultados - A amostra foi de 249 pacientes, com predominância masculina (51% = 127 pacientes), com mediana de idade de 77 meses, tempo médio de internação em UTI de 5 dias e com 141 admissões clínicas (56,6%) versus 108 admissões cirúrgicas. A taxa de LRA no D3 foi de 15% e óbito em até 30 dias foi de 12,9%, com 51% da amostra (127 crianças) fazendo uso de ventilação mecânica e 33,3% (83 crianças) necessitando de droga vasoativa. Ter o índice positivo na admissão revelou associação estatística significante com LRA no D3, com uso de ventilação pulmonar mecânica, uso de droga vasoativa, necessidade de TRS e mortalidade. O IAR no D0 teve sensibilidade de 95% e VPN de 98% quanto à LRA grave no D3. A performance do IAR na população exclusivamente oncológica teve curva ROC de 0,81 (IC 95% 0,74, 0,88). Conclusões: O índice de angina renal é uma ferramenta útil para predizer a lesão renal aguda e mortalidade em crianças gravemente enfermas, incluindo-se em unidades de oncologia e possibilitando estratégias mais efetivas de atuação nas unidades intensivas pediátricas.